Automobilismo

Exótica, nova Williams revela FW43B, muda pintura e quer recomeço profundo

Nova Williams
Divulgação / Twitter Williams Racing

Sob nova direção, a Williams apresentou o FW43B, carro que usará em 2021. A pintura, chamativa, muda completamente o estilo branco e azul claro usado nas últimas temporadas da F1. Mais do que cores, a equipe tenta mudar o futuro, se apegando na história de reconstruções e recomeços de seu fundador.

Com a saída de Frank e Claire Williams em 2020, a equipe agora comandada pelo CEO Jost Capito tentar sair da lanterna do Mundial de Construtores. Manteve a jovem estrela George Russell, renovou com Nicholas Latifi, além de trazer Jenson Button como consultor.

— Discutimos que tema o carro deveria ter. Queríamos que ele relembrasse os velhos bons tempos e o legado da equipe, mas também queríamos mostrar que estamos dando um passo à frente — explicou Capito. A combinação de amarelo, branco e azul foi usada na década de 80, época de quatro dos nove títulos mundiais da Williams.

RECONSTRUÇÃO DESDE A BASE

A nova Williams começa ampliando sua parceria técnica com a Mercedes, o que inclui motores e sistema de câmbio, mas as mudanças vão além do carro. No início do ano, Simon Roberts, novo Chefe de Equipe, detalhou as prioridades da nova direção na sede de Grove:

— Vamos investir em algumas instalações da fábrica. São coisas simples, mas que tornam melhor (a rotina) para quem trabalha lá. Estamos consertando muitas coisas, literalmente, de vazamentos no telhado à manutenção no túnel de vento, que não conseguimos fazer por um tempo, coisas do tipo — explicou o dirigente.

Frank Williams já teve que fazer algo parecido na década de 70. O inglês vendeu 60% da Frank Williams Racing Cars, sua primeira equipe, que existiu entre 1969 e 1975. Em 1976, o acionista majoritário Walter Wolf realizou a mudança de nome, mas manteve Frank na direção, o que só durou até o final daquela temporada.

Frank e Claire deixaram a Williams em 2020 (Divulgação / Twitter F1)

Demitido, montou a Williams Grand Prix Engineering, em parceria com Patrick Head. Conhecida como Williams Racing, viveu anos de sucesso entre as décadas de 80 e 90 e tempos não tão bons nos anos 2000 e 2010.

Frank Williams também teve que recomeçar na vida pessoal. Piloto na juventude, o inglês sofreu um grave acidente enquanto dirigia (em alta velocidade) pela estrada próxima ao circuito de Paul Ricard, ficando tetraplégico.

Sua equipe foi vendida em 2020 para a Dorilton Capital, um grupo de investimento privado dos Estados Unidos, que a exemplo do ocorrido em 1976, manteve Claire na direção, mas no caso, somente até setembro do ano passado.

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