O Cruzeiro começou 2021 um pouco diferente, mas com um objetivo herdado da temporada passada: o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro. E Felipe Conceição, atual técnico da Raposa, acredita que subir neste ano seja viável ao clube.
Em entrevista ao Superesportes, Felipe Conceição afirmou que o torcedor pode sim sonhar com o acesso e destacou a evolução do elenco celeste.
— A gente acreditou neste projeto, aceitou a proposta e com esse objetivo principal no ano. Pouca experiência que tenho de Série B me dá possibilidade de saber que uma equipe neste torneio tem que jogar um jogo intenso e organizado. A intensidade de Série B é alta. Eu acho que, pegando um pouco da temporada passada, o Cruzeiro vem aumentando o número individual dos atletas no GPS, na questão de quilometragem percorrida, de alta intensidade. E também nos números coletivos. Estamos crescendo neste sentido. Estamos evoluindo.
Felipe Conceição destacou, ainda, o alto nível da Série B. Segundo ele, a competição vem se qualificando a cada ano e, em 2021, será uma disputa difícil.
— Neste ano, a Série B será bem difícil. Não que seja mais difícil do que as outras, mas continuará elevando seu nível, coisa que vem acontecendo nos últimos anos. Estamos nos preparando para isso, para ser uma equipe intensa, competitiva, que jogue futebol, mas que também saiba competir e tenha intensidade alta.
Apesar da confiança no acesso, Felipe Conceição destacou que o objetivo principal é subir para a Série A e não o título.
— Vamos sempre buscar o patamar máximo, até pela grandeza do Cruzeiro. Mas o objetivo principal é o acesso. Acho que se a gente tiver entre os quatro no fim do ano, a gente estará comemorando a volta à Série A, que é o lugar de onde o Cruzeiro não deveria ter saído. Todo o esforço vai ser para isso. Agora a gente pensa no Cruzeiro, pensa em mais um projeto consistente, para que a gente possa ver os frutos.
‘AUSÊNCIA’ DE GOLS…
Em levantamento exclusivo feito pelo Esporte News Mundo, pode-se notar que o Cruzeiro tem um de seus piores desempenhos na história do clube. Foram apenas cinco gols em seis jogos. E, em entrevista ao Superesportes, Felipe Conceição comentou e justificou os poucos gols celeste.
— A explicação está no momento de transição. Quando você aumenta a velocidade do jogo, a agressividade e o volume, a tendência é que a eficiência técnica reduza. Isso eu já passei em outros clubes e é, de certa maneira, natural. Aqui a ruptura é maior. É um desafio maior, que requer mais tempo. Tivemos 27 finalizações no primeiro jogo. Nossa média é de 16, 17 finalizações (por jogo). A entrada no último terço do Cruzeiro é a maior do Campeonato Mineiro comparando com todas as equipes. São números que demonstram que estamos no caminho certo. Essa falta de eficácia vai mundo dentro do que falei. Aumento da velocidade, aumento do volume, acostumar os atletas a jogarem nessa velocidade, nessa intensidade e manter o refino técnico. Essa é a adaptação. Com o tempo, automatização dos movimentos, com adaptação dos atletas, a eficiência será maior. E vamos transformar esse controle em gols e vitórias.
O Cruzeiro, de Felipe Conceição, volta a campo nesta quinta-feira (1º), às 16h, contra o Tombense, no Mineirão, pela sexta rodada do Campeonato Mineiro.
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