A situação do zagueiro Jemerson e do meia Otero, ambos com contrato até o final de junho, ainda não foi definida pelo Corinthians. Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (27), o diretor de futebol Roberto de Andrade e o gerente de futebol Alessandro afirmaram que a permanência dos jogadores ainda está sendo discutida. Além disso, o Timão não pensa em contratar reposições para as eventuais saídas.
“Ainda não foi definido. A questão é clara. Não decidimos sobre permanência ou não. Para falar sobre valores, custo-benefício, rendimento técnico, passaria por uma decisão nossa. Estamos respeitando o prazo do contrato e deixar o tempo mostrar. Continuamos com a meta de diminuir a folha. Absorver qualidade técnica e elenco. Prazo tranquilo e seguro para decidir oportunamente”, declarou Alessandro.
“Vamos falar do Jemerson: vence em junho. Não resolvemos o que vamos fazer, vamos aguardar o que fazer mais perto da data. Na posição dele, temos outros cinco centrais de defesa. Não teria que repor ninguém. No caso do Otero, tem a meninada que subiu da base. É o que estamos tentando. Acho que deve ficar da base. Não significa que não vamos trazer ninguém. Mais perto do Brasileiro, podemos pensar”, disse Roberto.
Perguntado sobre possíveis contratações para o início do Campeonato Brasileiro, Alessandro preferiu não estabelecer um prazo, mas não descartou a possibilidade movimentações no mercado serem feitas. No momento, a prioridade do Corinthians é voltada para o corte de gastos, com o intuito de diminuir a dívida do clube.
“Temos janela se abrindo no meio do ano, pode existir movimentação no meio do ano e isso se estende a chegada e saída. Temos quase 40 atletas no grupo, quase metade da base. Estamos avaliando um período mais curto. Dois atletas com fim de contrato em junho, renovações sendo tratadas. Entendemos a ansiedade do torcedor, temos seguranças nas nossas decisões. Tomamos elas em conjunto, sempre em benefício do Corinthians. Prazo é difícil de estabelecer”, explicou.
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Focado em utilizar jogadores vindos das categorias de base, o Corinthians não vive a expectativa de trazer nomes de peso para um elenco que conta com um número limitado de opções. Para o gerente de futebol, porém, o desafio não é o maior das últimas temporadas.
“Eu, sinceramente, não cravaria que esse seja o maior desafio. Há montagem de elenco, equipe e planejamento para temporada. Em 2015, após conquista, tivemos debandada grande para China, tivemos que atuar no mercado, fazendo alto investimento, e muitos não deram retorno dentro de campo. Tudo tem medida certa se tivermos calma e paciência. Futebol não é produzido para resultado imediato, é preciso ter paciência”, comentou o dirigente e ídolo alvinegro.
“O cenário é mais complexo porque jogamos quatro partidas por semana. O trabalho se reduz, visibilidade fica mais clara na partida. Busca de jogo bonito, entendimento tático, é muito mais imediata. Domingo, terça, sexta… É desafiador sempre. Neste momento tem sido também, mas nos entusiasma trabalhar com esses jovens. Sustentar esses atletas, dar oportunidade, que a segunda chance virá. É gratificante. Será no tempo certo. Temos segurança que o trabalho vem sendo feito. Dando suporte para o resultado vir num prazo um pouco mais longo”, completou.
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