A derrota de Lewis Hamilton para Max Verstappen no GP da França, realizado neste último domingo (20), teve um elemento particular: a estratégia. E, para a Mercedes, um dos principais culpados pelo resultado negativo do britânico foi um…computador.
A Red Bull, diferentemente da equipe inglesa, adotou duas paradas em Paul Ricard, com isso, o número 33 da RBR chegou à reta final com pneus mais novos em relação aos de Hamilton, o que permitiu o “undercut” por parte de Verstappen e a ultrapassagem na penúltima volta da corrida garantindo a vitória.
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De acordo com o estrategista da Mercedes, Andrew Shovlin, os modelos de estratégias enviados pelo computador à equipe, já na reta final da corrida, garantia que os três segundos de vantagem de Lewis evitaria a ação de Max, o que claramente não aconteceu.
— Achamos que, quando tínhamos pouco mais de três segundos para Max, estávamos a salvo do undercut, e não foi esse o caso. Mesmo agora, não entendemos totalmente por que nossos modelos estavam nos dizendo que estaríamos bem — analisou Shovlin.
Andrew alegou que se a situação fosse invertida, talvez a Red Bull não reagisse ao plano e, no fim, isso poderia dar ao hexacampeão a vitória, mas explicou porque a equipe não parou Hamilton depois da ida do holandês aos boxes.
— Se tivéssemos trazido Lewis logo depois de Valtteri [Bottas], não sei se Max teria nos seguido, mas se tivéssemos feito isso, acho que nos colocaria em uma posição decente. Acho que converter Lewis para um sistema de duas paradas não teria funcionado da mesma forma. Max apenas nos alcançou, nós teríamos que passar por Sergio [Perez] e, claro, isso seria mais difícil para Lewis do que para Max — ponderou.
Por fim, o estrategista revelou que o sistema “superestimou a capacidade de Max de fazer o undercut mesmo tão longe”.