Nesta quarta-feira (14), o Projeto de Lei da Sociedade Anônima do Futebol – clube-empresa – foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Agora, a PL segue para a sanção presidencial, que pode ocorrer em torno de duas semanas. Interessado na aprovação, o Cruzeiro, que frequentemente tem se reunido com investidores para discutir o projeto, se pronunciou em suas redes sociais.
Segundo o clube, esse é um dia importante para o clube mineiro, bem como para todo o futebol brasileiro. “Um passo importante” para a caminhada de retomada e reconstrução do Cruzeiro, segundo a Raposa.
— O Clube agradece em especial os presidentes Rodrigo Pacheco (Senado) e Arthur Lira (Câmara), aos relatores Carlos Portinho e Fred Costa, e os demais parlamentares pelo esforço em agilizar os processos de apreciações e votações em plenário. Nossa luta continua! —, declarou o Cruzeiro em postagem nas redes sociais.
Confira o post completo do clube mineiro:
E O QUE MUDA?
Com a aprovação do projeto lei, o que muda? Essa, com certeza, é a dúvida de muitos. Com a aprovação, de 429 votos a favor e sete contra, do Projeto de Lei 5516/2019, o modelo de clube-empresa será facultativo aos clubes. Porém, a SAF concede aos times que adotarem esse tipo de organização novas possibilidades de obtenção de recursos, especialmente, para o pagamento das dívidas.
A proposta também estabelece normas de governança, controle e transparência, institui meios de financiamento da atividade futebolística e prevê um sistema tributário especial.
Recentemente, em entrevista ao Esporte News Mundo, o jornalista Rodrigo Capelo, especialista em negócios do esporte, explicou que, diferente do que muitos pensam, essa PL não regulariza a possibilidade de se transformar uma agremiação em clube-empresa, o que ela faz é facilitar o processo, tornando-o menos burocrático.
— O clube empresa vai se tornar mais frequente no futebol brasileiro, eu aposto nisso. E quando a gente olha pra primeira divisão, já encontra dois clubes que tem a estrutura societária de uma empresa: Cuiabá e Red Bull Bragantino. Mas é importante não cair em algumas mentiras que são contadas em relação a esse assunto. A primeira é de que precisa de alguma mudança na legislação para permitir que essa migração aconteça. Não precisa. Tanto é que Cuiabá e Red Bull Bragantino já são empresas. Segunda, a de que se virar empresa terá melhor administração. Isto não é verdadeiro. Tem exemplos no mundo inteiro de clubes que são empresas e que são mal administrados, e você tem empresas de outros segmentos no próprio Brasil que são muito mal administradas. Terceira: se você quiser ser campeão de alguma coisa, ter bom resultado esportivo, precisa virar empresa. Também é falso.
Leia mais sobre a entrevista exclusiva: Exclusiva ENM: jornalista Rodrigo Capelo reflete sobre clubes-empresa no Brasil e possível refundação do Cruzeiro
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