Botafogo

Botafogo tem quase 90% dos gols sofridos no Campeonato no segundo tempo

(Foto: Lucas Gabriel Cardoso/ O Cancheiro)

Durante a partida de ontem pela Série B do Brasileirão, o Botafogo teve mais um desempenho negativo. Com a derrota por 2 a 1, a pressão e insatisfação da torcida aumentaram. Um ponto a ser destacado é a queda de rendimento do primeiro para o segundo tempo.

Na primeira etapa, o Glorioso comandou o jogo, deixou claro os seus pontos fortes e fracos, mas venceu a camisa na pressão contra o adversário, levando assim a vantagem para o intervalo. Lembrando que essa falta de imposição foi uma das reclamações dos técnicos que comandaram o Clube na temporada 2020. Sem essa vantagem, dificilmente o Botafogo reagia para o segundo tempo.

No segundo tempo o time manteve a correria, mas a última bola demorou a chegar para ampliar o placar. Com um dos melhores ataques do campeonato, o Bota detém também uma das piores defesas, explicando assim a virada que levou do Brusque na segunda etapa. Mesmo com alterações surpreendentes, o técnico Ricardo Resende não conseguiu cravar a sua primeira vitória após a saída de Marcelo Chamusca.

Mesmo com um jogo a menos, os resultados recentes são preocupantes comparados as outras passagens do Bota na Série B. Sem vencer há 4 rodadas, o Botafogo no jogo contra o CRB a derrota também por 2 a 1 teve quase a mesma linha. O Alvinegro começou na vantagem por 1 a 0 e logo em seguida deixou os 3 pontinhos escapar. Já contra o Cruzeiro, mesmo o placar sendo um empate por 3 a 3, o Botafogo começou abrindo o placar e se não fosse a “Chaydependência”, as falhas na marcação perderiam até o 1 pontinho conquistado.

O Botafogo acaba por precisar recuperar o resultado e se reestabelecer mesmo sem muita confiança e abre o jogo, o que por vezes é perigoso na Série B por serem jogos velozes e com adversários mais experientes na competição. Com essa falha, o Alvinegro tomou 14 dos 16 gols sofridos dos jogos na segunda divisão, só no segundo tempo.

Durante a semana, a saída de Chamusca e a polêmica de quem seria o novo treinador, perturbou a cabeça da diretoria e do torcedor. Alguns nomes surgiram, inclusive o de Lisca, ex-américa, procurado pela diretoria Alvinegra e informado em primeira mão aqui no Esporte News Mundo. Outro nome bem forte foi o de Vanderlei Luxaemburgo que declarou após uma entrevista ser um prazer treinar o Botafogo.

O principal fator das duas negociações não irem para frente é o alto salário, incompatível com a Série B, junto do problema financeiro do Clube. A dívida do Botafogo chega a 1 bilhão de reais. De acordo com informações, o salário de Lisca ficaria entre 95 mil e 120 mil reais. Já o Vanderlei, no valor de 400 mil reais, descartando assim a possibilidade dos dois treinadores virem para o Glorioso.

Uma das fortes preocupações foi a declaração do presidente Durcesio Mello, sobre a vinda de um novo treinador. O Presidente informou publicamente que ninguém quer vir treinar o Botafogo, mostrando a mancha que se instaurou na imagem do Clube.

– Mantivemos o Chamusca no cargo devido ao profissionalismo dele e, pelo fato dos atletas gostarem dele, mas também pela dificuldade que estamos em achar um novo técnico. Ninguém quer vir! – declarou Durcesio

O próximo treinador do Botafogo terá um grande desafio nas mãos. A falta de efetividade, de concentração na segunda etapa, de rendimento físico e falhas na defesa são alguns dos problemas a serem corrigidos de forma urgente para o time não se distanciar mais do G-4. Hoje o Botafogo se encontra na 13º posição com 13 pontos.

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