Em meio às Olimpíadas, o Esporte News Mundo teve a oportunidade de conversar com o ex-jogador de futebol Mauro Galvão, que foi medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984.
Mauro Galvão foi um zagueiro que atuou grande parte de sua carreira no Brasil. Campeão pelo Grêmio, Internacional, Vasco da Gama e Botafogo, além de ter passagem pela Seleção Brasileira, onde foi campeão da Copa América em 1989, estava presente nas Olimpíadas de Los Angeles, onde perderam a medalha de ouro para a França.
Para Mauro, um fator importante que pode ser o diferencial da seleção de André Jardine é justamente a experiência dos atletas. Para ele: “O diferencial que eu acho que a Seleção Brasileira pode ter nessas Olimpíadas, é o fato de terem vários jogadores que já jogam no time principal, que jogam na Europa, enfim”. Também acredita que é justamente essa experiência que irá ajudar o Brasil na competição.
Vice do futebol masculino nas Olimpíadas em 1984 para a seleção da França, Mauro comenta sobre: “Quando você está jogando uma final, você sempre está sujeito a perder. Não tem como falar o que faltou. Também não acho muito legal tentar explicar para não tirar o mérito de quem ganhou. Acho que a França foi feliz, tivemos nossas chances, é assim que funciona o futebol”. Além disso, o zagueiro exalta a importância da oportunidade que tiveram, já que não tinham jogado a Copa do Mundo ainda.
Para Mauro, não deve nenhuma dificuldade diferente do comum. “Enfrentamos boas equipes, como a Itália, Alemanha, na final a França. Enfrentamos também o Canadá e a Arábia Saudita, que não são famosos mas deram muito trabalho”. O ex-atleta acha que isso é uma das melhores partes das Olimpíadas, onde se enfrenta seleções de vários lugares e níveis: “Isso que é legal nas Olimpíadas. Você enfrenta equipes de todos os níveis, e deve procurar superar .Então, não tem muito de ficar escolhendo adversários”
Mauro Galvão, em 1990, saiu do Botafogo e foi jogar no Lugano, da Suiça. Sobre essa transferência, ele acredita que as Olimpíadas não influenciaram no interesse europeu: “Eu já estava com 28 anos quando fui para a Suiça, e era um momento em que eu tinha que aproveitar para sair do país e ir para a Europa. Não teve nenhum planejamento. As coisas foram apenas acontecendo.”
O Brasil retorna à campo no domingo, às 5h30 no horário brasileiro, onde enfrentará a Costa do Marfim.