Recentemente, o Cruzeiro quitou as folhas salariais referentes a 2021 dos funcionários da Toca da Raposa II que estão ligados ao futebol profissional da Raposa. Essa era uma exigência de Vanderlei Luxemburgo quando assumiu o comando do elenco, haja vista que, segundo ele, para cobrar do grupo resultados era necessário que os valores devidos estivessem em dia.
Justamente por isso, somente algumas pendências relacionadas a esses trabalhadores celestes ficaram em aberto, todas elas referentes ao ano passado. E os resultados vieram – o Cruzeiro já não perde há cinco partidas.
Porém, parte dos funcionários do clube ainda sofrem com a ausência de salário já faz dois meses. É o caso dos trabalhadores da Toca da Raposa I – também conhecido como o centro de treinamento da base – das sedes sociais do Barro Preto e Pampulha e sede administrativa.
A informação foi inicialmente divulgada pelo UOL Esporte e confirmada pelo Esporte News Mundo com uma fonte ligada ao clube. Segundo o que foi apurado, são duas folhas salarias em aberto, com a de agosto já chegando aos seus dias de fechamento.
Nesse cenário, conforme os relatos da fonte, os funcionários de menor poder aquisitivo têm passado necessidades, como falta de alimentação adequada, água e luz cortadas e ordem de despejo por ausência do pagamento de aluguel. Ainda, conforme pessoa ligada ao Cruzeiro, o RH cruzeirense não se posiciona com frequência e relata não ter previsão de quando o pagamento dos salários será feito. Além disso, há descaso da parte do Cruzeiro, sem nenhuma oferta de colaboração e ajuda.
– As coisas não estão boas. Já são dois meses de salário atrasado e a resposta que temos do RH é que não tem previsão nenhuma de pagamento. Pagaram os jogadores e funcionários da Toca II alegando que eles estão próximos dos jogadores. A situação para nós funcionários está complicada. Tem funcionário com ordem de despejo por falta de pagamento de aluguel. Tem funcionário com água e luz cortada. Pais que pagam pensão com medo de serem presos por atraso de pensão. O básico até que não falta porque temos ticket refeição que eles estão carregando, mas R$ 320 não dá para sustentar uma casa. Tem funcionário trazendo banana no lugar de carne na marmita. Pedimos ajuda e não respondem. Estamos sendo tratados como ninguém. Um descaso só –, disse em contato com o ENM.
Ainda sobre o pedido de ajuda, segundo relatos, o Cruzeiro não tem permitido nem mesmo a colaboração de sócios e pessoas não ligadas ao clube.
– A ajuda que recebemos é somente de terceiros, porque o Cruzeiro não nos chama nem para conversar. E ainda tentam barrar a ajuda de sócios que querem ajuda com cestas básicas. Um associado ofereceu dez cestas básicas e o diretor não aceitou que ele entregasse, pois se fosse doar teria que ser para todos os funcionários, se não, não aceitaria para nenhum.
O Cruzeiro foi procurado pela reportagem. Mas, até o fechamento desta matéria não se pronunciou a respeito do fato.
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