As mulheres afegãs, incluindo o time feminino de críquete, serão proibidas de praticar esporte sob o novo comando do Talibã. Em uma entrevista a rede australiana SBS e depois publicada no jornal The Guardian, o vice-diretor da comissão cultural do Talibã foi perguntado sobre as novas medidas adotadas.
– Não acho que as mulheres serão autorizadas a jogar críquete porque não é necessário que mulheres joguem críquete. No críquete elas estarão em uma situação onde seus rostos e corpos não estarão cobertos. O Islã não permite que as mulheres sejam vistas assim.
O Afeganistão vive uma grave crise política com a saída do presidente e a retomada do Talibã. Desde o último mês, os ataques aumentaram a tensão no país, forçando saída conturbada de milhares de habitantes para outros país do Oriente Médio e Europa.
As declarações dadas por Wasiq mostram que o Talibã lutará veemente contra a participação das mulheres do esporte. A união europeia já se preocupa com a situação diante do que foi prometido a eles.
– Não parece uma formação inclusiva e representativa em termos da rica diversidade étnica e religiosa do Afeganistão que esperávamos ver e que o Talibã prometeu nas últimas semanas”, disse um porta-voz da UE .
O clima é de tensão entre as meninas, onde há relatos de atletas escondidas e na expectativa de fuga do país com medo da repressão. Segundo o The Guardian, as instituições que possuem esporte feminino no país já estão suspensas.