Um dos melhores esportistas da história e o maior velocista do mundo Usain Bolt disse, em entrevista à BBC Sports, que é tarde demais para uma volta, porém admite que está “com aquela coceira” para um retorno ao esporte.
Aos 35 anos, o jamaicano teve uma das carreiras mais vitoriosas do esporte mundial e encerrou sua brilhante carreira no atletismo em agosto de 2017 no Mundial de Atletismo de Londres, sua última prova foi o revezamento 4x100m.
Durante a conversa com o jornalista Ade Adedoyin, Bolt confessou que ficou tentado a um possível retorno as pistas dos Jogos de Tóquio, porém seu treinador o convenceu do contrário.
– É tarde demais. Se eu fosse voltar, teria sido para esta Olimpíada-, disse.
O “Raio”, como ficou conhecido por conta de suas comemorações, fez história nas edições de 2008, 2012 e de 2016 dos Jogo Olímpicos, venceu 11 Campeonatos Mundiais possui duas pratas e um bronze. Antes de tomar a decisão de se aposentar do atletismo, Usain Bolt explicou como foi a conversa com o seu treinador.
-Quando eu disse ao meu treinador que ia me aposentar, ele me sentou e disse ‘quando você se aposentar, é isso. Não vou fazer nenhuma turnê de retorno, nada. Então, certifique-se de que está pronto para se aposentar. – contou, Usain Bolt.
– Lembro que fui até ele em 2019 e disse “o que você acha de voltar para as Olimpíadas? ” E ele olhou para mim e disse “nem comece” – prosseguiu.
– Portanto, se não for o meu treinador, não o farei, porque acredito nele e se ele disser não, não é não. Mas estou com aquela coceira -, admitiu o jamaicano.
A lenda viva do atletismo mundial também revelou suas expectativas com relação a dupla jamaicana Shelly-Ann Fraser Pryce e Elaine Thompson-Herah e acredita que a rivalidade entre elas nas pistas pode resultar em recordes mundiais na prova dos 100m e 200m.
Eliane Thompson atualmente é campeã olímpica nos 100m e 200m e obteve um novo recorde pessoal de 100m com a marca de 10,54 em Eugene no mês passado – apenas 0,05 segundos abaixo do recorde mundial (10s49) estabelecido pela americana Florence Griffith Joyner em 1988, em Indianápolis, Estados Unidos.
– Quando eu vi as meninas realmente se adiantando e correndo muito rápido, pensei ‘isso poderia realmente acontecer’-, disse Bolt.
– A técnica de Elaine realmente melhorou e a mesma coisa com Shelly-Ann. Ela corre muito mais ereta e sua fluência parece muito melhor. Então, acho que essas meninas vão bater na porta. – prosseguiu.
-As pessoas têm falado sobre esse recorde ao longo dos anos. Então, se elas puderem quebrá-lo, será uma conquista enorme para o esporte.- finalizou Bolt.
