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Opinião: Como Diego Costa se encaixou no esquema de Cuca no Atlético-MG

Foto: Pedro Souza/Atlético

No último sábado (17), a torcida atleticana teve muitos motivos para ficar feliz. Além da vitória tranquila por 3 a 0 e a manutenção da vantagem na liderança do campeonato brasileiro, finalmente o atacante Diego Costa fez seu primeiro jogo como titular do Atlético. Havia certo nervosismo entre os torcedores do Galo sobre o encaixe de Diego Costa no ataque, principalmente ao lado de Hulk. Os dois entregaram muito do que se espera da dupla para a temporada.

Depois de ter ficado quase 8 meses sem entrar em campo, Diego fez sua estreia contra o Bragantino. Jogou por 35 minutos e fez seu primeiro gol, o de empate do Galo. Também jogou contra o Fortaleza e Fluminense, sempre vindo do banco. 

No jogo contra o Sport, o atacante mostrou um pouco mais do que pode entregar em campo. Muito mais que um simples pivô, Diego Costa sabe se movimentar para servir de opção para os companheiros, distribuir o jogo quando necessário e, claro, fazer gol como poucos no Brasil. Nesta análise, vou destrinchar a partida de Diego Costa em alguns pontos e projetar o que pode-se esperar do atacante enquanto vai aprimorando sua forma física.

Primeiro vamos entender como o Atlético estava em campo. Com a bola, o Atlético se portava em um 3-5-2 com Allan descendo e apoiando a saída de bola dos zagueiros. Se o Sport pressionasse a saída de bola, Zaracho, Tchê Tchê e algumas vezes Hulk também auxiliavam a base da jogada. Arana e Keno se associavam pelo lado esquerdo do campo, lembrando de certa forma o que acontecia na época de Jorge Sampaoli. Com Hulk mais ao centro, o corredor direito ficava por conta de Guga, que dava amplitude para o time por ali.

Com o Atlético definido em campo, passamos a Diego Costa. Quando falamos do atacante é importante não defini-lo apenas por suas qualidades físicas. Muito mais que apenas um pivô, Diego sabe ocupar os espaços que as movimentações de seus companheiros geram, atacar as costas dos zagueiros quando se tem a oportunidade e, com a bola no pé, tem qualidade para distribuir e procurar os companheiros de equipe desmarcados. 

Contra o Sport, ainda que um pouco longe de sua condição física ideal, Diego Costa teve 54% de acerto em suas ações, errando apenas 1 dos 16 passes que tentou. Se movimentou bem e mostrou um pouco das características que o fez brilhar na Europa. 

Neste lance, se desloca entre as linhas para criar uma opção de passe e rapidamente vê Keno fazendo a ultrapassagem.

Uma das grandes dúvidas era como Diego Costa e Hulk iriam se posicionar em campo. Contra o Sport vimos o camisa 7 mais próximo de Diego e, sempre que possível, buscavam um ao outro. Nestes dois lances, em situações de contra ataque, Diego Costa solta rapidamente a bola para Hulk e continua a dar progressão a jogada, procurando o espaço para receber a bola de volta.

Aqui, Diego mostra uma de suas boas virtudes: atacar espaços nas costas dos zagueiros. Mesmo fora do ritmo de jogo ideal, consegue ganhar na corrida do zagueiro Sabino após o lançamento e servir Zaracho para uma ótima finalização.

Estatísticas pelo Atlético-MG:

Atuou em: 4 partidas
Minutos: 183
Ações bem sucedidas: 125 (56.8%)
Gols: 2
Finalizações/gol: 6/2 (33.3%)
Acerto nos passes: 89.7%
Fonte e vídeos: Wyscout/SofaScore

O atacante trás para o time de Cuca um repertório maior para as jogadas do time. Para um treinador que sempre gostou de um centroavante mais forte, ele tem essa característica e muito mais. Seja pelo alto ou com a bola nos pés, Diego tem qualidade suficiente para melhorar cada vez mais o time. Pode ser que não comece jogando na semifinal contra o Palmeiras, visto que não está em sua forma ideal e também pode servir como uma boa arma para mudar o jogo em um segundo tempo.

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