Jogando em sua Arena o Grêmio bateu o Internacional por 2×0 na noite desta quarta-feira, e enfrentará o Caxias nas finais do Campeonato Gaúcho. Foi certamente o Grenal mais bem disputado de 2020. Menos violento e superior tecnicamente aos outros duelos entre os gigantes de Porto Alegre. O time da casa marcou mais forte, teve mobilidade e inteligência para criar. Esteve mais próximo da vitória desde o início e sacramentou seu predomínio. O Grêmio não levou gols do Inter nesta temporada ainda.
Grêmio e Inter entraram em campo sem grandes surpresas. O Colorado não teve Saravia na lateral-direita e Rodinei foi o substituto natural. Coudet novamente montou a equipe no 4-1-3-2. No Grêmio, Cortez voltou ao time e Renato não teve Victor Ferraz. Orejuela foi o titular da lateral-direita. Tricolor no 4-2-3-1 de quase sempre.
O Imortal foi superior ao Colorado no 1º tempo. Conseguiu imprimir uma movimentação ofensiva mais fluída e natural, além de aproveitar melhor as oportunidades de contra-ataque e ter apresentado mais intensidade no momento defensivo. Começou levando perigo pelo lado direito com uma dobradinha entre Orejuela e Alisson. O lateral equatoriano e o ponta levavam vantagem contra Boschilia e Moisés, que já amarelados antes dos 15 minutos, nitidamente não intensificavam o combate com medo da expulsão.
O Inter não apresentou nos primeiros 45 minutos a boa movimentação que vem mostrando nos últimos jogos. Marcos Guilherme, Boschilia e Edenilson estiveram muito tímidos. Aceitando a forte marcação gremista a partir de encaixes dentro do setor e algumas perseguições. Não ofereciam apoio com frequência para que o time pudesse estabelecer uma boa troca de passes e progredir no campo. As ligações diretas para Guerrero acabaram sendo a melhor opção.
O peruano conseguiu escorar e segurar algumas bolas contra Gromel e Kannemann. Thiago Galhardo e Rodinei eram boas companhias, mas faltava mais participação dos jogadores já citados. O Colorado chegou com perigo em apenas três ocasiões, duas delas em contra-ataques. Rodinei e Marcos Guilherme finalizaram com perigo da entrada da área e Boschilia não conseguiu arrematar com precisão no fim da etapa.
O Grêmio, ao contrário, tirando os dois bons ataques pela direita no início, teve ao menos mais quatro chances. Quase todas elas em rápidas transições puxadas por Everton, e que contavam com boas participações de Diego Souza, Matheus Henrique, Cortez e Maicon. Não que o Grêmio só tenha jogado nos contra-ataques, mas se beneficiava de um rendimento ofensivo muito irregular do Inter e imprimia velocidade na retomada da bola.
No 2º tempo, Matheus Henrique ficou no vestiário ao sentir lesão muscular e Lucas Silva entrou. Nada mudou e o Imortal abriu o placar logo aos quatro minutos. Everton teve liberdade pela esquerda e cruzou no segundo pau, Diego Souza ajeitou de cabeça e Maicon marcou livre na pequena área. Um misto de passividade na abordagem de marcação e falhas de posicionamento da defesa colorada.
O Colorado prosseguia sem ter movimentos naturais no campo de ataque. Nitidamente mais apático que o arquirrival quando tinha a posse de bola, não lidava bem com a marcação gremista. Apesar disso, Guerrero escapou em bom contra-ataque e cruzou para Thiago Galhardo finalizar pra fora, perdendo grande chance.
Logo depois, Coudet sacou o apagado Marcos Guilherme para a entrada de Patrick. Edenilson saiu lesionado aos 22′ para a entrada de William Pottker. Thiago Galhardo foi recuado para o meio. O Grêmio recuou propositalmente para ter mais oportunidades de contra-ataque com o campo aberto e controlou a tentativa de pressão do Colorado. Apenas uma cabeçada de Thiago Galhardo levou perigo.
Seguia a apatia do Inter e o golpe de misericórdia veio aos 36 minutos. Isaque, que havia acabado de entrar, aproveitou um erro grotesco de Moisés dentro da área e marcou após boa jogada de Everton. Depois do gol, Patrick e Orejuela foram expulsos ao trocarem agressões e o fim de jogo foi melancólico para o Internacional. Isaque e Everton ainda perderam grandes chances de fazer o terceiro.
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