Após marcar seu 100º gol com a camisa do Flamengo, Gabigol participou, nesta sexta-feira, de um especial da FlaTV para comemorar a marca histórica. Na entrevista, o atacante relembrou momentos especiais no clube, reviu lances importantes e falou como é jogar pelo Flamengo.
O entrevistador, João Mércio, questionou Gabigol como se sente por ser o 19º jogador do Flamengo a ter atingido esse número.
– Feliz pela marca, pelo jogo de ontem, pelo gol. Tem acontecido coisas mágicas aqui comigo pelo Flamengo e eu espero que continue assim, que possam vir 200, 300, 400… e que eu possa chegar o mais longe possível com essa camisa e que eu possa ganhar títulos que é o mais importante – relatou.
Durante a conversa, Gabigol não deixou de rasgar elogios aos seus companheiros do clube, especialmente Éverton Ribeiro, Arrascaeta e Bruno Henrique, que, junto com ele, formam o quarteto ofensivo do time Rubro-Negro. Os dois últimos, inclusive, são os maiores garçons de Gabigol na equipe.
– O Arrascaeta é aquele cara que consagra o camisa 9. Ele sempre procura o camisa 9, quem tá na frente dele. Então, isso ajuda bastante. É muito bom jogar ao lado deles, do Bruno, do Éverton, do Arrascaeta, porque tem sempre muita movimentação para poder concluir no gol. […] A gente [Gabigol e Bruno Henrique] joga já faz bastante tempo juntos e isso realmente ajuda. Quando o Jorge chegou, ele fez isso aflorar mais, colocou a gente mais perto um do outro. A gente se entende, a gente gosta de jogar junto, então tem dado muito certo. Espero que continue assim, né, que a gente possa ficar aqui mais tempo e fazer mais gols. É claro que eu tenho meus méritos, mas jogar ao lado desses caras, que são craques, facilita muito. E a questão do entrosamento eu acho que conta muito. Eles sabem como eu gosto ded receber a bola, em que posicionamento eu vou estar. Então, com três jogadores a nível de Seleção ajuda bastante.
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Ao longo da conversa, diversos gols do artilheiro foram passados na tela. O apresentador ainda revelou que Gabigol irá receber uma moeda de comemoração no próximo jogo que ele entrar em campo, além de relatar algumas estatísticas interessantes a respeito dos gols do camisa 9. Foram:
- 83 gols de perna esquerda, seis de cabeça e 11 de perna direita;
- Fez 45 gols de primeira;
- Em 27 batidas de pênalti, marcou 26 vezes;
- 95 gols de dentro da área e 5 de fora;
- 4 gols de cabelo rosa, 16 gols de cabelo preto, 78 de cabelo loiro e 2 de cabelo cinza;
- 21 gols em Libertadores (o artilheiro do Flamengo na competição), 48 gols no Campeonato Brasileiro, 23 no Campeonato Carioca, 5 em Copa do Brasil, 2 na Supercopa do Brasil, um na Recopa.
Por fim, Gabigol ainda comentou de suas expectativas para a final da Libertadores, dia 27 de novembro, contra o Palmeiras:
– Vai ser uma final muito complicada, nós vamos pegar um adversário muito qualificado, que vem em um momento bom. A gente também vem crescendo de novo depois de alguns jogos ruins, mas creio eu que com a sequência do Brasileiro estamos perto da Libertadores. Eu acho que nosso time vai crescer, tanto fisicamente, psicologicamente e taticamente. Vai ser um jogo muito complicado. Na minha opinião, o jogo já começou, porque eu acho que tudo que a gente plantar agora, vai colher no dia 27. Tenho visto meus companheiros muito focados, comissão técnica e staff fazendo o melhor para a gente chegar no dia 27 e conquistar o título. É o que a gente imagina. Mas temos que estar preparados para tudo.
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Assista os especial completo aqui.
Outros momentos da entrevista
Amizade com Romário
– O Romário é um parceiro que eu tenho, era um ídolo e agora posso dizer que é meu amigo. […] Eu fico muito feliz em poder bater essa marca que é dele também. Um cara que é excepcional, que não só dentro de campo é craque, mas também fora.
Primeiro gol pelo Flamengo
– Na verdade, os primeiros jogos foram mais de adaptação, mas no meu subconsciente sabia que eu já estava indo super bem nos jogos e já sentia o carinho da torcida mesmo sem fazer os gols. Mas sabia que quando os gols viessem ia aumentar minha confiança, a confiança deles em mim. Foi um passe do Arrascaeta no Carioca e eu fiquei muito feliz e eu estava ansioso pelo primeiro gol.
Gols de pênalti
– É muito treinamento. É obvio que eu não vou falar as coisas que eu analiso ali no momento. Mas eu sempre converso com meus companheiros, sempre vejo vídeo dos goleiros antes de bater os pênaltis. Então, eu acho que é uma junção de coisas. É claro que eu criei o meu estilo, nem eu sabia que eu poderia bater assim. Quando eu fui treinando e aperfeiçoando, eu fui pegando macetes e aí conseguindo bater desse jeito. […] É obvio que eu vou errar, em algum momento eu vou errar, espero que demore. Mas eu acho que eu tenho tentado aproveitar da melhor maneira os pênaltis.
Levantar a plaquinha “Hoje tem gol do Gabigol” da torcida
– [A primeira vez] foi espontâneo. No aquecimento a gente sempre fica brincando de ver as coisas. Não lembro quando foi a primeira vez que eu peguei a plaquinha, mas quando eu fiz o gol eu pude ir lá pegar. Acabei levando cartão amarelo. Isso fica um pouco mais difícil agora porque também sempre prejudica se eu ficar tomando cartão. Eu adoro essa brincadeira, então sempre que puder eu vou ficar levantando a plaquinha.
Considerações finais
– Agradecer muito a Deus, a minha família, meus amigos, que são meus alicerces para estar dentro de campo. Ao Flamengo pela oportunidade de poder jogar em um clube tão grande, com uma torcida tão grande. […] Jogar no Maracanã é sempre muito especial. Agradecer aos meus companheiros, porque sem eles era impossível eu chegar nesses 100 gols e espero que eles me ajudem para que eu possa chegar aos 200, aos 300… e continuar criando uma história marcante. Já disse isso e repito: eu acho que nasci para jogar no Flamengo e espero ficar muito tempo aqui no Flamengo e criar uma história bem bacana. Deixar meu nome marcado mais vezes aqui e que eu possa receber mais homenagens.
