O jogo entre Camarões e Comores, válido pela fase de oitavas de final da Copa Africana de Nações ficou marcado por uma grande tragédia fora de campo. Pelo menos oito pessoas (incluindo uma criança) morreram e outras ficaram feridas devido a um tumulto na entrada do estádio, em Yaoundé, capital de Camarões. Nesta terça-feira (25), a Confederação Africana de Futebol se pronunciou oficialmente e prestou condolências às famílias atingidas pela tragédia.
Presidente da Confederação Africana de Futebol, Patrice Motsepe, deu uma entrevista coletiva e, além de reforçar as posições da entidade, confirmou que o Estádio Olembé, palco da tragédia, não deve mais ser usado para jogos das quartas de final. As partidas devem ser transferidas para o Estádio Ahmadou Ahidjo, também na capital de Camarões.
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— Quero expressar nossa condolências aos familiares das vítimas. Passei no hospital esta manhã para acompanhar o tratamento de alguns feridos e o foco é ter ceteza de que elas tenham uma atenção urgente. Claramente houve deficiências e falhas. Há coisas que deveriam ter sido previstas — afirmou Patrice Motsepe.
De acordo com as investigações do governo camaronês, cerca de 57 mil pessoas tentaram assistir ao jogo entre Camarções e Comores. A capacidade total do estádio é de cerca de 60 mil pessoas, mas vinha trabalhando com um limite reduzido por conta da pandemira de Coronavírus. A expectativa era de que o estádio pudesse receber, no máximo 40 mil torcedores.
O presidente de Camarões, Paul Biya, ordenou uma investigação imediata para apurar as possíveis causas da tragéria, além de punir responsáveis. O número de oito mortes pode subir, já que sete das 38 pessoas que estão em hospitais da capital camaronesa estão em estado grave neste momento.
Dentro de campo, Camarões confirmou o seu favoritismo e venceu Comores por 2 a 1, se garantindo na fase de quartas de final da Copa Africana de Nações. O próximo jogo da seleção anfitriã será no dia 29 de janeiro, diante de Gâmbia, que eliminou Guiné.
