O Atlético-MG anunciou o retorno do zagueiro Junior Alonso após apenas três meses, por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia. O xerife fica no clube até o fim do ano e o Galo agora terá sete estrangeiros, sendo que o limite permitido em jogos nacionais é de cinco. Ou seja, o técnico Mohamed terá que deixar dois de fora em cada jogo.
Além do paraguaio Junior Alonso, o Atlético tem o uruguaio Godín – que chegou justamente para substituir Alonso -, o chileno Eduardo Vargas, o colombiano Dylan Borrero, o venezuelano Savarino e os argentinos Zaracho e Nacho Fernandez, como gringos no elenco. Para os jogos nacionais (Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro), só são permitidos cinco estrangeiros, ou seja, dois terão que obrigatoriamente ficar de fora, e essa é uma “dor de cabeça boa” para o técnico Mohamed.
O problema para o treinador é que cada um dos estrangeiros tem uma parte de importância para o time. Alonso deixou o Galo como titular absoluto, capitão e um dos melhores do time. Não deve voltar longe disso. Godín foi contrato para substituir o paraguaio e chegou com nome de peso. Zaracho e Nacho são titulares quando saudáveis. Vargas é um dos mais decisivos e importantes, mesmo sendo reserva na maioria dos jogos. Savarino vive algo parecido do chileno, apesar de menos destaque. Por fim, Dylan iniciou a temporada voando, com grandes participações, inclusive decisivo na última vitória contra o Democrata. Ou seja, não é fácil para Mohamed deixar um de fora, dois então, fica ainda mais difícil. O treinador terá que conduzir bem o vestiário e trabalhar cada jogo com as escolhas certas de quem joga e quem fica de fora.
Por outro lado, na Libertadores, competição que é tratada como prioridade no Atlético em 2022, não há limites de estrangeiros. Ou seja, todos os sete estrangeiros podem jogar na mesma partida da competição. Menos uma dor de cabeça para o Turco.
LISTA DE ESTRANGEIROS DEVE AUMENTAR
Além dos sete estrangeiros já citados, o Atlético está se acertando com o argentino Pavón, do Boca Juniors, que está em fim de contrato e deve chegar ao Galo em julho, de graça. Com isso, se ninguém sair, serão oito estrangeiros no elenco, com três precisando ficar de fora dos jogos nacionais. Uma dor de cabeça a mais para Mohamed.
A situação pode mudar com a saída de algum atleta na janela de transferência no meio do ano, que é a mais movimentada na Europa. Zaracho, por exemplo, é especulado em alguns times do futebol europeu e pode receber propostas. Outro que pode sair, principalmente se Pavón realmente chegar, é Savarino, que pode rumar também para a Europa ou quem sabe retornar para a MLS.