Vôlei

Opinião: Sheilla merecia uma despedida brasileira à sua altura

Reprodução/ Atlhetes Unlimited

Na descrição mais comum do termo, fenômeno é algo que impressiona, um “acontecimento especial”, “passível de observação”. Durante a noite desse sábado, (9), o mundo viu um desses acontecer pela última vez: Sheilla Castro deu adeus a carreira como atleta de vôlei.

A despedida não foi da forma como os fãs gostariam. Ironicamente, seu último jogo como atleta profissional aconteceu na liga profissional dos Estados Unidos (EUA). Sheilla teve a carreira finalizada no país sobre o qual se consagrou duas vezes como campeã olímpica.

Reconhecimento é a palavra. Não há ressentimento no esporte quando se é para aplaudir quem marcou ele. O país norte-americano reconheceu, festejou e agradeceu a trajetória de uma das melhores opostas do mundo. Faltou ao Brasil, terra natal, fazer o mesmo.

Talvez tenha sido uma opção da atleta, é possível. Mas quase nada ainda foi feito por entidades brasileiras para promover uma ação de despedida, somente postagens programadas nas redes sociais, que qualquer um é capaz de fazer.

Sheilla merecia ouvir um Maracanãzinho inteiro gritando seu nome pela última vez.

Essa era a chance de fãs e torcedores dizerem um último obrigado.

Para mim, que cresci acompanhando a geração dourada do vôlei feminino, do qual além de Sheilla fizeram parte outros fenômenos como Fabi e Fofão, fica difícil assimilar essa despedida. O “adeus” dela, aliás, é mais um capítulo do fim das lendas que nos trouxeram dois ouros olímpicos. Coisa difícil demais para digerir.

Muitas outras estrelas estão surgindo, é verdade, mas a número 13 fazia parecer que nasceu para jogar de oposta. Ao contrário de Fabizinha, que deixa herdeiras como Camila Brait, ainda não há outro nome que chegue próximo ao que ela foi na posição.

Sheilla marcou a história do voleibol brasileiro.

E nós falhamos em nos despedir à altura.

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