Novo técnico do Figueirense, Elano chegou em Florianópolis nesta quinta-feira (27), foi apresentado nesta sexta-feira e já tem um desafio próximo. Seu primeiro jogo à frente do Furacão será neste sábado (29), contra o Confiança, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis.
Em sua primeira entrevista coletiva no clube catarinense, Elano falou sobre a dificuldade que terá para implementar suas ideias de jogo, já que o Figueirense tem quatro partidas em 11 dias, incluindo longos deslocamentos para Recife e Cuiabá. O calendário apertado e o campeonato em andamento acabam preocupando o técnico.
– Isso é uma preocupação grande. Essas questões de viagem são preocupantes, porque às vezes o jogo é desgastante e essas viagens às vezes não dá o tempo necessário de recuperação para o atleta. Por isso que a gente tem que ter um grupo. Acho que os meninos e o pessoal que está fora, às vezes que jogam menos, também são importantes. […] Porque eles vão precisar jogar. Esse pessoal pode ser um respiro e todos eles têm que se sentir dentro do trabalho – analisou.
Um dos quesitos que Elano já quer trabalhar para o jogo contra o Confiança é a intensidade. Mesmo com apenas um dia de preparação, o treinador falou o que espera do time daqui pra frente.
– A intensidade tem que ser para todos. E o sacrifício de jogar futebol faz parte. Isso não está acontecendo só agora, isso já vem a vida toda. O sacrifício, as dores, as lutas, a partir do momento em que você decide jogar futebol, o sacrifício é diário.
O jovem treinador ainda falou um pouco de suas referências. Elano, que enquanto jogador foi treinado por grandes nomes como Sven Goran Eriksson, no Manchester City, Mircea Lucescu, no Shakhtar Donetsk, Leão, Luxemburgo, entre tantos outros, agora exerce a mesma função.
– Eu tive entre 20 e 30 treinadores na minha carreira como atleta, e cada um te dá um feedback de alguma forma. Vou falar de um sobre parte técnica e gestão, que é o Emerson Leão. Em 2002 tínhamos muitas dificuldades no Santos, e o Leão conduziu bem a blindagem aos atletas. Formamos um time jovem que deu certo, foi campeão. O Vanderlei Luxemburgo é muito bom na questão tática, mas eu preciso ter a minha maneira de trabalhar.
Quanto à carreira de jogador, Elano garante que foi uma história importante, mas que agora ele se preparou para ser técnico. Já são quatro anos de preparação, entre estágios e cursos para se especializar e pegar experiência. Um ponto que ele abordou sobre seu perfil foi o equilíbrio e sincronismo entre defesa, meio e ataque, quesito em que o Figueirense anda pecando nos últimos jogos.
Por fim, o técnico do Furacão falou sobre o aproveitamento da base alvinegra e suas projeções.
– Eu sou fruto da base. Um dia alguém me deu uma oportunidade e eu vivi a minha vida na base. O Figueirense sempre foi um clube formador. Eu acho que o futuro dos clubes é a base. […] E com certeza eu vou olhar sim. Eu já disse pra todo mundo aqui, eu faço questão de conhecer todos os treinadores da base, eu quero ter um convívio também com eles. Eu aposto e gosto, assim quando eu trabalhei no Santos, como foi com o Rodrygo, que hoje está no Real Madrid, entre outros – finalizou.
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