Macrís está de malas prontas para Turquia. Pela primeira vez em sua carreira, a jogadora de 33 anos vai atuar fora do Brasil e seu próximo clube deve ser o Fenerbahçe. Sua saída deixa os torcedores do Itambé Minas com saudades antecipada, depois de ver a levantadora defender o time por cinco temporadas seguidas.
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SUA TRAJETÓRIA
Seu primeiro grande destaque na Superliga A foi em 2013 quando defendia o São Caetano. Foi naquele ano que a jogadora começou a chamar a atenção por sua excelente atuação como levantadora e foi eleita a melhor da competição.
Em 2015, jogando pelo Pinheiros, Macrís foi convocada pela primeira vez para defender o Brasil. Naquele ano, a levantadora participou do Pan-Americano realizado em Toronto e conquistou a medalha de prata.
No ano seguinte, foi contratada pelo Brasília Vôlei onde contribuiu para a equipe finalizar a competição em 4º lugar, melhor campanha do clube. Nesta mesma temporada, foi escolhida como melhor levantadora pelo 4º ano consecutivo.
OPINIÃO: O controverso Nicola Negro
Durante sua carreira e em qualquer clube que passou, Macrís mostrou a soberania em sua posição até chegar onde está hoje em dia: melhor levantadora do Brasil e titular absoluta da seleção.
A IMPORTÂNCIA DO MINAS
É inegável a diferença que jogar no time de Belo Horizonte fez na carreira de Macrís. Foi nesse clube que ela conseguiu seu maior destaque, acumulando prêmios em grupo e individuais.
— O Minas me permitiu um novo patamar em minha carreira. Sou muito grata ao Minas sempre.
Ao todo, foram 13 títulos conquistados nesses anos, dentre eles um segundo lugar no Mundial de Clubes em 2018, onde foi eleita a melhor levantadora da competição.
No Minas, Macrís conseguiu uma visibilidade que antes nem imaginava. Não só teve oportunidade de jogar grandes competições, como também conseguiu espaço para mostrar o seu voleibol e garantir um espaço – merecido – na seleção.
Podendo defender um clube que estava chegando em finais relevantes como Superliga, Sulamericano e Copa Brasil, a levantadora conseguiu acumular experiências que foram de extrema importância para sua evolução como atleta.
A temporada de 2021/22 foi sua despedida. Após uma fase de altos e baixos da equipe mineira, o Itambé Minas conseguiu superar suas dificuldades e vencer dois grandes campeonatos – Superliga e Sulamericano.
Macrís fechou esse ciclo com chave de ouro. Não só ajudou sua equipe a conquistar essas medalhas, como também foi eleita melhor levantadora em ambos os campeonatos e MVP da Superliga.
TORCEDORES
Carismática e simpática são dois adjetivos que todos os torcedores usam para descrever Macrís. A “fada vegana” como foi gentilmente apelidada é adorada pelo público que já demonstrou que sentirá saudades da levantadora jogando pela Superliga.
No primeiro jogo das quartas de final contra o Barueri, que aconteceu na Arena Minas, em Belo Horizonte, Macrís foi ovacionada ao ganhar o troféu Viva Vôlei. O clima de despedida já podia ser sentido. Gritos de “Fica Macrís” eram ouvidos por todos no ginásio e emocionaram a jogadora.
— Estou emocionada pois é muita entrega, sempre joguei com o coração aqui. Todas as jogadoras merecem um pedacinho deste troféu hoje. Estou com eles (torcedores) o tempo todo até o final. A cabeça é aqui até o final.
No jogo contra o Praia Clube em Uberlândia, Macrís deixou a quadra com lágrimas nos olhos e o sentimento de dever cumprido.
— Eu lembro do meu primeiro título com o Minas. Finalizar com a conquista do Sula é realmente coroar essa passagem. Sou só gratidão. – disse a levantadora no final de seu último jogo.
Macrís ainda agradeceu os torcedores que nunca saíram do seu lado e sempre a apoiaram.