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Athletico vence o Libertad em jogo seguro pela ida das oitavas da Libertadores

Divulgação/Athletico

O Athletico venceu o Libertad-PAR por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores da América de 2022. A bela atuação de Vitor Roque, que marcou um dos gols do Furacão, foi ponto alto de um time instável na primeira etapa, mas que construiu resultado e segurou o ímpeto do tradicional Gumarelo dentro de casa no segundo tempo. Nico Hernández fez o segundo do Athletico e Villalba marcou o gol dos paraguaios.

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PRIMEIRO TEMPO LÁ E CÁ

No ímpeto da torcida e na vitalidade dos jogadores jovens, o Athletico começou a partida em cima do Libertad. A primeira finalização foi de Khellven logo aos três minutos – bola amortecida na zaga, mas que dava um recado.

Aos seis, de novo com Khellven, se inicia a jogada do primeiro gol da partida. Batida de lateral rápida encontrou boa combinação entre Terans e Pedro Rocha – o meia uruguaio deixou Vitor Roque na cara do gol e a joia não perdoou: batida forte, no alto, para abrir o placar.

A intensidade do Furacão continuou depois da vantagem no placar. Em bom lançamento de Nico Hernandez, Cuello ajeitou para Pedrinho que chegou de trás e bateu forte cruzado para defesa de Martín Silva, no que foi a última chance do mandante antes da virada de momento.

O Libertad assustou pela primeira vez depois de falta na intermediária ficar oferecida na marca do pênalti – bola foi desviada para fora. Na cobrança desse escanteio, toque de cabeça na segunda trave levou muito perigo ao goleiro Bento.

Dois minutos depois, Villalba completou, sozinho, cruzamento vindo da esquerda – mas mandou por cima. Mais dois minutos se passaram e, aos, 19 – mais uma vez sozinho – Hector Villalba colocou a bola nas redes do Athletico. Empate em um jogo de extremos.

Depois do empate a partida ficou em uma encruzilhada. O momento poderia virar para ambos os lados e o nível de atuação apresentado caiu. Num jogo mais brigado, os ânimos se afloraram e isso culminou no cartão amarelo para Christian e numa acintosa reclamação depois de falta dura em Vitor Roque.

Essa falta sofrida coloca ainda mais crédito na partida que fez o jogador de apenas 17 anos. Terans bateu curtinho e Cuello levantou bola na área para o desvio de Nico Hernandez no segundo “pau”, aos 32 minutos. O VAR ameaçou tirar a alegria da torcida mandante, mas tudo limpo.

O gol animou a torcida e deu outra cara a um Athletico que já parecia nervoso com o empate. Cuello assustou muito o Libertad em chute de muito longe que parou no travessão visitante. Dois minutos depois Terans fez jogada genial na direita e cruzou de três dedos para Vitor Roque, livre, que cabeceou para fora.

O Furacão continuou intenso e, em mais uma jogada pela direita, Terans encontrou Pedro Rocha que foi ao fundo e cruzou para Vitor Roque, que não alcançou de cabeça. Na sobra, Terans tentou bicicleta, bola rebateu e ficou oferecida para mais uma bicicleta – agora de Vitor Roque. Jogada plástica parou nos defensores embaixo da trave e, para encerrar esse lance louco, ainda houve checagem do árbitro de vídeo para um possível pênalti: não marcado.

Os acréscimos ainda reservavam emoção para o belo primeiro tempo. O jogo ficou aberto e a principal chance aconteceu em recuo na fogueira de Hugo Moura para Bento. O goleiro chegou antes de Melgarejo e afastou o perigo. Primeiro tempo digno de Libertadores na Arena da Baixada.

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SEGUNDO TEMPO

A segunda etapa começa como foram os acréscimos: equilíbrio grande e instabilidade dos dois lados, quase que como se não houvesse meio campo. Mas as chances foram raras e saíram das individualidades, Vitor Roque pelo Furacão e Campuzano pelo Libertad.

Roque mostra cada vez mais como é especial com tão pouca idade. Objetividade, intensidade e o drible curto muito aguçado fazem parte de seu jogo e apareceram muito na partida. Aos 14 minutos, a jovem estrela foi para o um contra um, passou pela marcação e fuzilou para firme defesa do goleiro.

Campuzano foi destaque no início do segundo tempo para o Repollero mas a velocidade e intensidade do time paraguaio que impressionava. O volante citado finalizou duas vezes de fora da área em contra ataques, o Libertad assustou em cabeçada muito próxima ao gol, mas o lance que mais assustou o Athletico saiu com Franco.

O meia levou da direita para o meio e fuzilou de canhota para acertar o travessão do goleiro Bento, em lance que marcava crescimento do time alvinegro na partida. Momento não durou muito e, mais uma vez nas jogadas rápidas de transição, o rumo do jogo virou.

Contra ataque athleticano terminou em bela finalização de Cuello, que obrigou defesa mais bonita ainda de Martín Silva. O goleiro uruguaio fez mais uma boa defesa em chute forte de Terans – Hugo Moura roubou na intermediária e deixou o meia livre, que chutou para defesa muito boa do goleiro adversário.

Conforme a partida se encaminhava para o final o nervosismo foi tomando conta dos dois times. O Athletico, com vantagem, esperava um Libertad que não tinha mais a transição ofensiva para atacar – a entrada de Canobbio qualificou ainda mais o contra ataque athleticano o que apareceu muito em bom lançamento do uruguaio para Rômulo, que perdeu divida com Martín Silva.

A partir dos 40 minutos a partida não só caiu no nervosismo como acabou baseada nas bolas paradas e no famoso “chuveirinho”. Chances claras pararam da aparecer e, nas que aconteceram, o Libertad não conseguiu aproveitar.

Merlini perdeu, no meio da área, bola que ficou oferecida depois de cruzamento rasteiro da esquerda. Na bola parada, Barboza não alcançou belo cruzamento na segunda trave, com a zaga athleticana batida na jogada. Mesmo com a pressão final, o resultado do primeiro tempo se manteve – 2 a 1.

COMO FICA?

Athletico e Libertad decidem o confronto de oitavas de final no dia 05/07, no Defensores del Chaco, em Assunção – também às 21h30 (Brasília). O Furacão volta a campo no próximo domingo (2), fora de casa contra o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro e o “Repollero” enfrenta o Resistencia FC, pela última rodada do torneio Apertura do Campeonato Paraguaio.

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