O camisa 10 do Fluminense, Paulo Henrique Ganso teve mais uma atuação de gala, na vitória sobre o São Paulo, em partida válida pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro. O meia comandou o meio de campo, quebrou linhas e ainda deu assistência, para um dos três gols marcados por Cano no jogo. Homem de confiança do Fernando Diniz, o atleta está perto de completar quatro anos no tricolor carioca. Porém, somente neste ano, assumiu não só a titularidade do time, mas também o protagonismo. Antes do inicio da temporada, muitos torcedores pediam a sua saída do clube.
Em 2022, Ganso iniciou a sua jornada com a promessa de voltar a jogar dentro das expectativas que todos tinham sobre ele. Já no inicio, ainda com Abel Braga como treinador, o meia já mostrava claros sinais de evolução, tendo feito um bom Campeonato Carioca e sendo destaque na final contra o Flamengo, que deu o título ao tricolor. Mas foi somente após a chegada de Fernando Diniz, que o camisa 10 se tornou o jogador do nível atual. Com uma movimentação mais intensa, sempre buscando estar perto da bola e comandando as ações do jogo, se tornou peça chave do Fluminense, em uma temporada que ficará marcada pelo futebol ofensivo e vistoso, dentro de campo. Os números falam por si só. É o meia com o maior índice de acerto em passes e passes longos do Brasileiro, além de ter cinco gols e assistências na competição.
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Paulo Henrique Ganso foi revelado no Santos, onde estreou pelo profissional com apenas 18 anos. Tratado como uma das maiores joias do clube, chegava a ser considerado por muitos, melhor que o seu companheiro de base, Neymar. Na vila, o meia conquistou Copa do Brasil, Libertadores, três Campeonatos Paulistas e já se mostrava presente nas convocações da seleção brasileira. Em 2012, se transferiu para o rival do ex-clube, São Paulo, pelo valor de dez milhões de euros. No Morumbi, sofreu com diversas contusões e acabou se tornando um jogador de altos e baixos. Apenas em 2016, o atleta atingiu uma boa regularidade, que o fez ser contratado pelo Sevilla, de Jorge Sampaoli. Na Espanha, pouco jogou, sendo emprestado para o Amiens, onde também não conseguiu emplacar uma sequência. Tratado como um atleta sem o físico suficiente para atuar em alto nível, foi contratado pelo Fluminense, em 2019.
Mesmo que se fale muito que o Ganso do Santos voltou a aparecer em campo, o estilo de jogo se diferencia muito daqueles tempos. O camisa 10 passa muita segurança com a bola, está sempre ligado no jogo e ainda tem assumido um papel de liderança dentro do elenco tricolor. Dessa maneira, pode-se dizer que é a sua versão do Fluminense. O meia talvez não esteja no nível de quando ainda era um menino da Vila, mas certamente mais experiente e maduro do que nunca.
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