Além do protagonismo vexatório diante da eliminação precoce da Copa do Brasil para o Atlético-GO, Muriel ressurgiu o trauma tricolor debaixo das traves e foi o principal destaque negativo do Fluminense na partida.
O goleiro foi contratado em julho da temporada passada para suprir a posição de Agenor e Marcos Felipe que, além de não renderem o esperado, o elevado número de gols sofridos iam para a conta dos arqueiros.
DE HERÓI A VILÃO
Após sua boa temporada no segundo semestre de 2019, até então, afastando de vez o fantasma das traves tricolores, o ano de 2020 vem sendo diferente para Muriel. Desde sua estreia contra o Bangu, ainda pelo Campeonato Carioca, não demonstrava a mesma segurança da temporada anterior.
Após cinco jogos do estadual, o Fluminense estreou pela Sul-americana contra o Union La Calera e empatou em casa, por 1 a 1, com um gol de longa distância, relativamente defensável. O jogo de volta foi um empate sem gols e consagrou a eliminação do tricolor carioca ainda na primeira fase do torneio. Pareceu que, a partir disso, o ápice que Muriel sustentava no ano anterior veio a decair até a eliminação da Copa do Brasil, na 4ª fase, para o Atlético-GO, consagrando-se como vilão.
INÍCIO DA BAIXA DE MURIEL – Carioca 2020
Semifinal Taça Guanabara – Fluminense 2×3 Flamengo
Em escanteio curto cobrado por Arrascaeta, o meia alça a bola na área, Muriel caça borboleta e Bruno Henrique cabeceia para o fundo das redes sem goleiro.
Taça Rio – Fluminense 5×1 Madureira
Mesmo com a goleada contra o tradicional Madureira, no Maracanã, o gol sofrido pelo Fluminense foi aos oito minutos do primeiro tempo. Novamente, em bola cruzada na área, Catatau cabeceia em cima de Muriel e o goleiro deixa a bola passar por baixo de suas pernas.
Taça Rio – Fluminense 0x3 Volta Redonda
Ainda pela Taça Rio, mas desta vez, na reestreia de Fred, o Fluminense sofreu com o Volta Redonda, no Estádio Olímpico Nilton Santos. Ao abrir o placar, em escapada pela esquerda em bom contra-ataque puxado pelo Voltaço, Pedrinho finaliza rasteiro e Muriel aceita. A bola passa por debaixo das pernas do goleiro tricolor e morre lentamente no fundo do gol.
Marcos Felipe titular?
A estrada de Marcos Felipe com a camisa do Fluminense é de se respeitar. Não por ser um excelente goleiro, mas por ter que entrar em jogos importantes – desde as categorias de base – e não comprometer a campanha pela qual o tricolor vinha tendo. Com a lesão de Muriel na 32ª rodada do Brasileirão de 2019, Marcos assumiu a titularidade momentânea até o fim do campeonato. Foram três vitórias e três empates, participando efetivamente da campanha pela vaga na Copa Sul-Americana e pelo escapamento da Série B.
Neste ano, esteve presente como titular nos dois primeiros jogos do ano e não sofreu gols. Já pelo Brasileirão, foram: 1V;1E;1D, até então. E, na volta de Muriel após desfalcar o Fluminense por três jogos devido um desconforto na coxa, participou efetivamente dos dois gols do Flamengo na 9ª rodada.
Com a eliminação precoce, tanto na Sul-americana, quanto na Copa do Brasil e, diante das atuações não convincentes de Muriel, Marcos Felipe pode pintar como novidade na titularidade do gol tricolor nas próximas partidas.