Botafogo

“É um dos campeonatos mais difíceis do mundo”, afirma Luis Castro em entrevista

Luis Castro comanda o treino da equipe visando Cuiabá e Palmeiras

Treinador falou sobre o seu estilo de jogo, imprensa agressiva e calendário braislie

Divulgação / Vitor Silva/Botafogo

O Botafogo vive um momento maravilhoso na temporada de 2023. Muito disso vem de um belo trabalho entre gestão, treinador e elenco. Porém, um pilar forte desse time nesta temporada é a irmandade entre Luis Castro e jogadores. O treinador português é responsável por comandar a equipe que segue líder nas duas competições em que disputa. Na noite desta segunda-feira (19) o treinador falou no programa Baita Amigos, sobre o calendário brasileiro e afirmou que o campeonato brasileiro é um dos campeonatos mais difíceis do mundo.

Muito questionado pela forma de jogo que seu time prática dentro de campo. Luis Castro é responsável por ter um elenco que está longe de ter grandes minutos de trocas de passes dentro de campo, porém, quando o time tem a bola, o mesmo busca se eficaz nas jogadas ofensivas para matar o jogo. Na entrevista concedida ao programa, o treinador falou um pouco sobre o seu estilo de jogo

Eu sou um treinador que gosta que minhas equipes controlem o jogo mas também em seus momentos ofensivos, gosto que ocupem os três corredores exercendo variabilidade de jogo e cheguem juntos. Gosto que ocupemos a área adversária com muito jogadores. Agora, depende muito do contexto em que trabalhamos. Porém, entendo que a arte de defender é uma arte em que os jogadores tem que estar muito ajeitados. Não sou um treinador que despreza a parte defensiva, pelo contrário tenho muito cuidado com esta questão, pois só uma equipe forte defensivamente dar tranquilidade a equipe toda para atacar. – disse Luis Castro.

Conhecido por ser um dos críticos ao calendário brasileiro, o treinador voltou a falar sobre a quantidade de partidas e como isto acaba atrapalhando por muita das vezes como o time joga. Leia.

É uma loucura em termos de densidades de jogos. São muitos jogos que temos pela frente na temporada em si. Embora, já tivesse vivido ao semelhante quando estava no Shaktar, porém devido à pandemia. Aqui no Brasil isto não é opção, o futebol brasileiro optou por fazer jogos a cada dois dias. Mas, essa loucura acaba prejudicando fundamentalmente o futebol no Brasil. Mesmo que pensando no lado financeiramente, as federações não saem ganhando, pois, só um jogador descasado consegue desenvolver um futebol em seu mais alto nível. – comentou

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Claramente é um número exagerados de jogos, não para nós treinadores, mas para aqueles que correm dentro de campo. Para nós treinadores os jogos não nos assustam, os mesmos nos dão prazer, gostamos de levar as nossas equipes a jogos. Mas, vivemos internamente com a equipe e as mesmas estão exaustas, esgotadas e carregadas de lesões. Como saem os amarelos do bolso dos árbitros é muito fácil. Muitas vezes não é pelo propósito de agressão, e sim pelo cansaço e descoordenação mental. Quando vim ao futebol brasileiro, sabia que ia apanhar por isso. É um dos campeonatos mais difíceis do mundo – completou o treinador

No início da temporada disputando o estadual, o treinador foi muito questionado a partir dos maus resultados que o professor teve ao comandar a equipe nas partidas da competição. O treinador falou sobre o papel da imprensa no futebol e entende que a mesma age de forma agressiva. Veja.

A imprensa é realmente agressiva. Mas, também retrata aquilo que é a cultura de um país. A imprensa sabe o que o cliente quer, ela estuda o mercado e sabe o que vai dar o pico de audiência para ela. Encima disto, adotam um discurso e desta forma entregam aquilo que o cliente (espectador) quer. O que me choca profundamente é que pessoas que deveriam analisar profundamente o futebol, analisam só por cima e não o contexto todo. Acho que estranho, como a imprensa, muitas vezes se refere a nós treinadores de uma forma tão pouco correta e deselegante. Acho que o Brasil além de penalizar os treinadores está penalizando o futebol brasileiro com estas atitudes.

O treinador terminou a entrevista falando sobre a expectativa de ter um time ao decorrer das competições, ainda mais ofensivo e conseguir manter o mesmo ritmo que vem praticando hoje nos campeonatos.

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É sempre difícil fazer essa projeção. As lesões vão nos atingidos e todos os jogadores estão prontos para entrar e dar o seu melhor. Mas, uma equipe é formada de alguns conjuntos dentro de campo. De repente esses conjuntos se quebram devido a lesões. Felizmente temos conseguido manter todos na mesma sintonia por entendimentos de jogo que parte daquilo que nós queremos e também a capacidade física e mental. terminou Luis Castro.

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