A entrevista coletiva da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, não caiu bem entre conselheiros do clube, que divulgaram uma carta falando sobre o tema.
Um grupo de 26 conselheiros se posicionou através de uma carta aberta nesta sexta-feira (13), direcionada aos Associados, Sócios Torcedores e Torcedores do Palmeiras.
Na ocasião, os conselheiros afirmam ter questionado os contratos de patrocínio envolvendo a Crefisa/FAM, bem como o transporte aéreo da Placar Linhas Aéreas, que é quem tem posse sobre o avião comprado por Leila Pereira. A presidente do clube também é quem comanda as empresas citadas. Ainda que os questionamentos tenham sido colocados de maneira respeitosa, a presidente nos respondeu de maneira intimidatória, nos segregando dos demais membros do Conselho Deliberativo, tangenciando as questões. – Não nos curvaremos aos caprichos, vontades e ofensas daquela que tem o dever de prestar contas – diz um trecho do texto.
Leila tem presença confirmada para a reunião do Conselho Deliberativo do Palmeiras, que acontece no dia 23 de outubro, às 18h, nas dependências internas do clube.
Para saber tudo sobre o Palmeiras, siga o Esporte News Mundo no Twitter, Facebook e Instagram.
Confira a carta aberta dos conselheiros
Aos Associados, Sócios Torcedores e Torcedores da Sociedade Esportiva Palmeiras
Nós, os 26 CONSELHEIROS DA SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS, “retaliados”, tolhidos de exercer com autonomia o mandato para representar o associado, defendendo os interesses da instituição, vimos, por meio desta, nos manifestar:
O simples ato de questionar é um direito inalienável do cidadão. Quando este exerce mandato outorgado por uma coletividade, esse direito se transforma em dever.
No cumprimento desse direito/dever, nós, CONSELHEIROS DA SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS, fizemos indagações à PRESIDÊNCIA EXECUTIVA sobre os contratos de patrocínio da Crefisa/FAM e o transporte aéreo da Placar Linhas Aéreas, haja vista, fato excepcional e relevante, onde a presidente da INSTITUIÇÃO figura como representante da contratante e sócia-proprietária das contratadas.
Ainda que os questionamentos tenham sido colocados de maneira respeitosa, a presidente nos respondeu de maneira INTIMIDATÓRIA, nos SEGREGANDO dos demais membros do CONSELHO DELIBERATIVO, tangenciando as questões.
Essa mesma intimidação se escalonou com a entrevista coletiva convocada pela própria mandataria, na qual deveria esclarecer o funcionamento da relação contratual entre as empresas nas quais possui participação societária e a Sociedade Esportiva que preside.
Quando perguntada sobre o tema, se apressou em responder que não havia qualquer conflito de interesses e, de maneira grosseira, chamou os Conselheiros que ousaram questioná-la de “DESTRUIDORES”.
Esse episódio, assim como os anteriores, demonstram uma dificuldade no entendimento das atribuições estatutárias por parte de quem exerce a presidência, que administra, por tempo determinado, uma SOCIEDADE que não lhe pertence. Devendo, portanto, acrescentar em seu vocabulário termos como: CONTRADITÓRIO, RESPEITO e TRANSPARÊNCIA.
Reafirmamos o compromisso com aqueles que confiaram a nós o mandato de CONSELHEIROS e, representaremos também a todos que amam a Sociedade Esportiva Palmeiras.
Por fim, não nos curvaremos aos caprichos, vontades, ameaças e ofensas daquela que tem o dever de prestar contas.
Contem conosco!
Adriano Tadeu Lívani Reale,
Emerson da Rosa,
Felipe Giocondo Cristovão,
Francisco Vituzzo Neto,
Genaro Marino Neto,
Gerson Clemente Guarino,
Guilherme Gomes Pereira,
Guilherme Romero,
João Carlos Minello,
José Antonio Aparecido Junior,
José Carlos Tomaselli,
José Corsini Filho,
Juan Manuel Berrospi Carreno,
Luis Henrique Monteiro Fronterotta,
Luciana Santilli,
Luiz Fernando Marrey Moncau,
Luiz Roberto Cassab Mousinho,
Marcos Antonio Gama,
Mauricio Pegoraro,
Mauricio Vituzzo,
Pedro José Vilar Godoy Horta,
Ricardo Alberto Galassi,
Ricardo Spinelli Poppi,
Valdomiro Otero Sordili Filho,
Victor Fruges,
Vinicius Feres Zucca.