A Seleção Brasileira Feminina inaugurou uma série de três amistosos com uma vitória monumental e emocionante sobre o poderoso time do Japão, virando o jogo para 4 a 3, no último suspiro, na Neo Química Arena. Priscila, uma estreante de apenas 19 anos, chamada para ser observada por Arthur Elias como substituta de Cristiane, definiu o resultado com um gol no último lance da partida.
Após ficar em desvantagem, a equipe nacional buscou uma reviravolta, alcançando uma vantagem de 3 a 1, com dois gols de Bia Zaneratto e um de Gabi Portilho. Parecia que o Brasil estava firme no controle da partida, mas falhas defensivas no final resultaram no empate. A arbitragem concedeu sete minutos de acréscimos, e no último deles, Priscila recebeu a bola e acertou um chute impecável no ângulo. Ela se deitou no gramado, incapaz de conter a emoção.
O confronto na Neo Química Arena foi repleto de alternativas. Eliminada pela Suécia nas quartas de final da Copa do Mundo, a seleção japonesa começou bem o amistoso em Itaquera, abrindo o marcador merecidamente. No entanto, um gol rápido de empate e um início forte no segundo tempo foram determinantes para a virada do Brasil. Apesar disso, as asiáticas, não se entregando, mostraram resiliência para alcançar o empate em 3 a 3, até que Priscila definiu o jogo.
Além da vitória emocionante, os torcedores presentes celebraram a presença de Marta. A estrela entrou durante o segundo tempo, trazendo alegria aos espectadores a cada toque na bola.
As seleções se enfrentarão novamente no domingo pela manhã, desta vez no Morumbi, estádio do São Paulo. O último amistoso do Brasil está marcado para quarta-feira, na Fonte Luminosa, em Araraquara, contra a Nicarágua.
Nesta quarta-feira, o técnico Arthur Elias optou por iniciar com a estrela Marta no banco, formando um trio ofensivo com Gabi Nunes, Gabi Portilho e Debinha. Julia Bianchi, uma novidade no meio-campo, apareceu ao lado de Ary Borges e Bia Zaneratto. Cristiane ganhou um descanso da convocação, mas é uma das peças fundamentais do treinador.
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Com uma formação bastante ofensiva, o Brasil enfrentou dificuldades contra as asiáticas. Apostando na velocidade, as japonesas pressionaram o gol brasileiro nos primeiros minutos. Lelê precisou sair da área para realizar um corte e teve sorte em uma batida que raspou a trave.
Em uma bela jogada, Debinha chutou forte, com desvio, acima do travessão, na primeira oportunidade clara da seleção brasileira. Sem conseguir penetrar na defesa adversária, o jogo aéreo e os chutes de longa distância se tornaram as estratégias predominantes. Contudo, as dificuldades persistiam.
Aos 37 minutos, o Japão abriu o placar. Miyazawa avançou pela esquerda e cruzou para trás. Hasegawa, na área, passou para Fujino finalizar. A bola ainda tocou no travessão antes de entrar. A resposta brasileira foi imediata, com um gol de falta de Bia Zaneratto.
Com dificuldades no meio-campo, Arthur Elias fez mudanças durante o intervalo, substituindo Ary Borges e Julia Bianchi por Luana e Duda Sampaio, visando maior controle de bola e entrosamento. Ele também deu oportunidade a Priscila, de apenas 19 anos, na linha de frente, convocada para observação no lugar de Cristiane. No final, ela se tornaria a heroína do dia.
No entanto, quem virou o jogo foi Gabi Portilho. Atuando em seu “território” na Neo Química Arena, a atacante aproveitou um erro de passe do Japão, driblou a defensora e partiu em velocidade. Seu arremate tocou no ombro da goleira, mas ela finalizou o rebote. As japonesas mal tiveram tempo de reação e sofreram mais um gol em seguida. Outro erro de passe, e Bia Zaneratto, esperta, recuperou a bola e encobriu Hirao.
Marta, ovacionada, entrou logo após o terceiro gol. A grande estrela da seleção brasileira empolgou a torcida a cada toque na bola. Após um primeiro tempo difícil, o Brasil melhorou na segunda etapa, e Lelê não foi mais tão ameaçada.
Graças às mudanças realizadas após a pausa para hidratação, o Japão retornou ao ataque, demonstrando um grande poder de reação. Já nos minutos finais, elas acertaram a trave com Nakashima e, em um pênalti desnecessário cometido por Angelina em um agarrão, Endo marcou o segundo gol das japonesas. O Brasil sentiu o impacto e logo depois sofreu o empate, com Tanikawa antecipando-se à marcação e desviando o cruzamento de Shimizu.
Aqueles que ficaram descontentes com o empate e saíram do estádio antes do fim perderam o melhor momento do dia. Aos 52 minutos, Priscila chutou de fora da área no ângulo, garantindo o resultado. Ela se emocionou e foi celebrada por toda a equipe brasileira.