Reinier, ex-Flamengo, foi contratado pelo Real Madrid em janeiro de 2020, por 30 milhões de euros (R$ 136 milhões na cotação da época). No entanto, o jovem ainda não teve chance de atuar no time principal dos merengues. Em março, pouco antes da pandemia de Covid-19, teve breve passagem pela equipe B do clube. Em seguida, começou a acumular empréstimos. Atualmente com 22 anos, atuou por Borussia Dortmund e Girona, e agora defende o Frosinone, da Itália, ainda em busca de se firmar na Europa.
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Nesta temporada, Reinier disputou 14 jogos pelo Frosinone, sendo titular em dez. O jogador marcou dois gols e distribuiu duas assistências. Em entrevista ao site espanhol “Relevo”, o jovem admitiu incômodo com as poucas oportunidades e não descartou um possível retorno ao futebol brasileiro.
– Não gosto de pensar com a cabeça quente, mas se disser que nunca pensei (em voltar ao futebol brasileiro) é mentira. Claro que pensei. Estar em meu país por seis meses ou um ano, perto da minha família. Eu quero jogar, não sei se no Brasil ou em outro lugar, mas quero jogar – afirmou.
Cria das categorias de base do Flamengo, Reinier contou que segue acompanhando os jogos do clube carioca e que a atmosfera do Maracanã e a torcida rubro-negra são pontos que o fazem pensar em retornar.
– Imagina voltar ao Flamengo. Às vezes vejo pela TV os jogos, o Maracanã cheio, a torcida cantando, é difícil não pensar em voltar – disse.
Reinier afirmou que o momento mais difícil da carreira foi no Borussia Dortmund, principalmente na segunda temporada (2021/22), quando acreditava que ia receber mais oportunidades após ter conquistado o ouro pelo Brasil nas Olimpíadas de Tóquio.
– Antes, eu jogava 20, 30 minutos. De repente, eu não jogava mais e o treinador (Marco Rose) me colocava nos jogos mais difíceis, depois de eu estar sem jogar dez partidas. Eu não entendia muito. Estava muito triste, para mim essa temporada não foi do Reinier divertido, eu estava muito diferente. Não sabia o que fazer para melhorar, treinava bem, mas não sei o que aconteceu – falou.
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O jovem lamentou não ter procurado ajuda psicológica no período em que esteve na Alemanha. Na época, Reinier tinha a companhia somente do pai, já que a mãe permaneceu em Madrid.
– Com certeza, teria sido bom. Não sei por que não procurei, só queria jogar vídeo-game, não queria pensar em nada. Não tinha ansiedade, eu estava tranquilo, só que estava triste. Depois dos Jogos Olímpicos, eu pensei que era a minha hora, minha oportunidade em um grande clube. Foi um golpe na minha cabeça, não gosto de falar muito desses dois anos na Alemanha – declarou.
Reinier tem contrato com o Real Madrid até 2026. Mesmo distante, o atleta segue em contato com os brasileiros do clube, Rodrygo e Vini Júnior, além de Juni Calafat, chefe da equipe de scout dos merengues. O jovem também é próximo de Jude Bellingham, com quem conviveu na passagem pelo Borussia Dortmund.
– Tenho contrato até 2026. Estou longe, mas sou do Real Madrid – concluiu.