Anderson Silva se despedirá dos octógonos do UFC neste sábado, 31, após a luta contra Uriah Hall. Independente do resultado, o brasileiro já afirmou que está será a sua última luta pela companhia. A partir do encerramento da luta contra jamaicano, o ‘Spider’ será mais um dos gigantes do MMA brasileiro que passaram por um dos grandes palcos das artes marciais.
A carreira de Anderson Silva no UFC começou em 2006 e a chegada no octógono mais visto no mundo influenciou tanto o nome do brasileiro quanto a popularidade do evento. Com a tradicional troca de gerações que a competição sempre viveu, o paulista aproveitou para trazer novamente uma atenção especial para um país que foi crucial para iniciar a modalidade e um dos maiores eventos de artes marciais.
REFERÊNCIA
Com apresentações fortes e importantes dentro do octógono, Anderson Silva começou a chamar atenção de todos os lugares. A grande estatura aliada ao talento nato transformaram o brasileiro em um norte que futuramente iria guiar quase todos os principais nomes que são campeões ou estão no topo de suas categorias.
Referência para seus compatriotas e para muitos lutadores internacionais, Spider também conseguia assumir papel de garoto propaganda para atrair cada vez mais interessados comerciais. Além deles, claro, uma das mais apaixonantes e patriotas torcidas em todo o mundo começava a participar cada vez mais intensamente do UFC. Não à toa, o primeiro grande evento em terras brasileiras teve Anderson Silva participando e se consolidando no que sabe fazer de melhor dentro do octógono: derrotar seus adversários.
– Chegar no topo é difícil. Ele não é um cara como Khabib ou Jon Jones, que tiveram 26 lutas seguidas com vitórias. Lutador de MMA aprende com os erros, pois é um esporte complexo e você tem que sempre aprimorar as técnicas. Neste aspecto, o Anderson foi realmente incrível. Ele perdeu em jiu-jitsu e se aprimorou, tinha desvantagem em wrestling e melhorou – afirmou Marcelo Alonso, comentarista do Canal Combate.
– Ele criou maneiras de cotovelar, movimentos que ninguém fazia e 90% das vezes ele acertou. Para ser o gênio que foi, ele precisou se arriscar e isso vai errar. Quantos acertos ele teve que mudaram a história do esporte, como baixar a guarda em movimentação? Teve o nocaute contra o Griffin, a ponteira da capoeira, o rompimento do jogo do Vitor (Belfort). Ele foi lá, fez e escreveu o nome dele na história – complementou.
O LEGADO
Para muitos, Anderson Silva é um grande lutador, mas para outros é um dos maiores da história do MMA brasileiro. Foram 16 lutas de invencibilidade, sendo 15 como campeão dos pesos-médios. Mesmo com graves lesões após a perda do cinturão e um desempenho pior, a contribuição no passado e as gerações afetadas pelo paulista certamente o colocarão na história como um dos principais personagens do público consumidor do UFC.
Vibrante, provocador, lutador e querido pelo público. Anderson Silva é a pessoa ideal que transformou um evento em uma paixão mundial. Talentoso, versátil, persistente, intimidador e vencedor. São 17 vitórias e apenas 6 derrotas (um no contest) em uma passagem gigante para uma cara que ‘lançou sua teia’ em todos os quatro cantos do planeta.
– O Anderson é como o Michael Jordan foi no basquete e o Guga foi para o tênis. Ele teve essa importância não só para o MMA nacional, como para o esporte mundial. Quando o UFC ganhou essa visibilidade desde 2007 até 2013, o Anderson foi um dos principais no quesito de golpes e nocautes. Ele tem toda uma história e é responsável por trazer o artista marcial para dentro do publico. A comemoração, a dancinha, a encarada dele fez história. É um cara que sempre trabalhou muito duro. A gente pode comparar ele ao Pelé. O que o Pelé fez para o futebol, o Anderson fez para o nosso esporte – comentou Antônio Rodrigo “Minotauro”.
– O segredo do grande campeão é o talento, mas principalmente a disciplina. O Anderson mostrou pra gente que com disciplina você consegue fazer tudo. Grande carreira. Ele pra mim é o maior de todos os tempos – afirmou Rogério “Minotouro”.
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