Após a recuperação do Cruzeiro com Felipão, muito se fala sobre o efeito psicológico e retomada de confiança da equipe. Entretanto, o clube celeste também mostrou treinar uma jogada em específico e que vem dando muito certo. Em cinco jogos sob o comando de Scolari, a Raposa fez cinco gols de cabeça.
Não que seja uma jogada inovadora e com recursos diferenciados, mas é o simples. O Cruzeiro, para reagir na Série B, precisava executar bem as jogadas que a própria competição exige. E vem dando certo. Na partida da última segunda-feira (9), por exemplo, a Raposa fez três gols, sendo dois deles, de cabeça.
O Cruzeiro é o detentor da maior média de cruzamentos precisos por jogo na Série B, com 6,4 por partida. Não por coincidência, também é a equipe dentro da competição com maior média de escanteios, 6,8 por rodada.
Mesmo não sendo jogadas inovadoras, o Cruzeiro tem aproveitado muito bem as bolas alçadas utilizando a qualidade de seus laterais e de seu armador em cruzamentos. Foi assim contra o Náutico no gol de empate de Airton, com assistência de Patrick Brey; contra o Paraná com gol de Marcelo Moreno após cruzamento de Régis; diante do Botafogo-SP em gol de Airton após cruzamento de Cáceres; e no confronto com o Guarani, com os gols de Manoel e Welinton, provindos dos cruzamentos de Régis e Patrick Brey, respectivamente.
Régis lidera no número de assistências da equipe celeste, com quatro passes para o gol. Os laterais Raúl Cáceres e Patrick Brey seguem em segundo no ranking do elenco cruzeirense com três assistências cada um.
Felipão parece não só trazer o efeito psicológico de confiança para o plantel azul, mas também enfatizar fundamentos nos treinamentos. Para alcançar coisas maiores dentro de campo e na temporada como um todo, é necessário, primeiro, que as coisas andem bem nos princípios básicos na criação de jogadas. Méritos do técnico que conseguiu dar uma cara diferente para o Cruzeiro e cresce a expectativa do torcedor cruzeirense para o segundo turno da Série B do Campeonato Brasileiro.