As oportunidades de gol desperdiçadas pelo Guarani, especialmente na etapa inicial, foram fatais para amargar derrota diante do Palmeiras, de virada, no Brinco de Ouro da Princesa, pelo placar de 2 a 1.
Em coletiva de imprensa, Allan Aal desabafou a respeito da ineficácia do sistema ofensivo e atrelou o revés em Campinas com a falta de tranquilidade do Bugre.
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“Realmente tivemos um primeiro tempo que poderia ter feito dois ou três gols. Poderia ter saído com um placar mais elástico. Eu acho que afetou muito o lado emocional e o fato da anulação do gol do Davó, como eu falei em outras respostas e, logo em seguida, o empate. Foi o gol de empate através de um acidente ali de trabalho em um gol contra. Isso nos abalou muito. A gente procurou motivar os atletas e mostrar que a gente estava com o domínio da partida no intervalo”, lamentou.
“Ao mesmo tempo, a gente não conseguiu transformar tudo aquilo que a gente tinha feito no primeiro tempo no segundo tempo. Era manter um nível de intensidade, manter um nível de confiança e manter um nível de qualidade. Acabamos não tendo o mesmo desempenho do primeiro tempo, porém, mesmo assim, criamos três ou quatro chances ali para, pelo menos, ter empatado o jogo. Faltou um pouquinho de tranquilidade. E aí entra naquilo que eu estou falando para você, na questão emocional que a gente, de repente, se frustrou demais antes do término do primeiro tempo. Todos nós vimos e sentimos que poderia ter feito ali 3 a 0, 2 a 0 e praticamente definido a partida”, emendou.
BAQUE EMOCIONAL
Aal admitiu que o Guarani sofreu prejuízos psicológicos a partir da anulação do gol de Davó e do empate do Palmeiras, logo no lance seguinte, ao fim do primeiro tempo.
“Mais uma vez, poderíamos aqui estar falando de um placar vitorioso para nós. Poderíamos ter definido a partida no primeiro tempo. Nos abalamos muito emocionalmente com a anulação do gol e depois, consequentemente, em uma bola parada e um gol contra. Em uma bola parada, não. Foi em uma puxada de contra-ataque o gol contra. A gente lamenta muito, porque os jogadores se entregaram. Os jogadores procuraram, mesmo no segundo tempo atrás do placar”, afirmou.
“Lutaram até o fim. Perdemos, mais uma vez, duas ou três chances ali que poderíamos ter empatado o jogo. É a gente procurar trabalhar não só em campo, mas também o lado emocional de não perder a confiança e de saber que a gente poderia estar em uma situação de classificação muito mais clara do que a gente está. Porém, a gente acredita, vai acreditar até o fim e vai lutar até o fim para conseguir uma classificação”, acrescentou.
Em outra resposta, Allan deu sequência ao pensamento e bateu na tecla deste momento determinante do confronto para definir o placar.
“Eu acho que, principalmente, além dessa mudança tática do adversário, foi a nossa queda emocional após a anulação do gol do Davó. Após o nosso gol contra, a gente se abateu demais. A gente procurou erguer a moral dos atletas no intervalo, mas voltamos para o segundo tempo não com a mesma convicção e nem com a mesma confiança que iniciamos. Mesmo assim, ainda criamos boas situações de, pelo menos, empatar ou fazer o 2 a 1 antes do gol do Palmeiras. Não conseguirmos transformar em gol tudo aquilo que a gente criou”, admitiu.
“E aí faltou um pouquinho de tranquilidade também quando a gente estava atrás do placar pelas chances que a gente teve e pelas situações de puxada de transição de três contra dois e de quatro contra três. Teve alguns lances que nós conseguimos errar dois passos consecutivos tocando para trás e perdendo a velocidade do ataque. Depois, no final, tivemos duas finalizações dentro da área e não conseguimos transformar em gol. Então a gente vai procurar conversar e trabalhar”, prosseguiu.
“Eu acho que a gente tem que ter uma consistência emocional maior para que a gente possa saber passar alguns momentos ruins na partida, como acontece em qualquer partida. É um acidente de trabalho que aconteceu em um gol contra. É perda de gol ou anulação de gol depois de todo aquele extravaso e de toda aquela comemoração. Então a gente precisa manter um pouco mais esse equilíbrio para saber que a gente vem desempenhando e que as situações de gol têm que ser convertidas em gol e em vitória”, finalizou.
E AGORA?
Com revés diante do Palmeiras, Guarani segue estacionado em oito pontos, na terceira colocação do Grupo D, fora da zona de classificação, atrás de Santos (9) e Mirassol (11).
Com tempo curto de descanso, Bugre volta a campo na segunda-feira, 26 de abril, diante do Santo André, no Estádio do Canindé, em São Paulo, às 22h15.
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