Fluminense
Abel Braga analisa desempenho do Flu contra o Boavista e trata com naturalidade sobre possível venda de Luiz Henrique: “Saem de todos os clubes”
— Continua depois da publicidade —
Após o empate em 0 a 0 contra o Boavista pela última rodada do Carioca, o técnico Abel Braga, do Fluminense, concedeu uma entrevista coletiva no Estádio Eucyzão, em Saquarema. Um assunto que foi bastante questionado depois do jogo foi sobre a possível venda de Luiz Henrique para o futebol Europeu. Ao ser perguntando sobre, o treinador do Flu disse que isso acontece em todos os clubes e citou exemplos quando treinava o Internacional.
– Isso é a razão de todo grande clube sobreviver. Trabalhei no Inter, lancei o Pato no Mundial de Clubes contra o Barcelona com 17 anos. Quando deu dois anos o garoto saiu, saiu o Sóbis, o Luiz Adriano… Saem de todos os clubes. Isso é a salvação que tem. Sobre o menino, problema zero, acho que vai encarar com seriedade porque ele gosta de onde está, gosta dos colegas, gosta do torcedor.
+Wellington critica estado do gramado e ressalta: “Jogamos bem, era um jogo para cumprir tabela”
Com o empate em 0 a 0, o Fluminense não conseguiu atingir o recorde de 13 vitórias consecutivas, que perdura desde 1919. Ainda na coletiva, Abel Braga disse que esse não era o pensamento da equipe, mas que saiu satisfeito do que viu.
– Nós não estávamos pensando em bater recorde. Nós queremos é ganhar jogo a jogo e acabou chegando nesse número. Terminamos o jogo com cinco ou seis garotos. Não ganhou, mas não perdeu. Não fez um grande jogo, mas saímos satisfeitos.
Sobre Olimpia-PAR, próximo adversário do Flu
– Vi uma torcedora deles falando que não era pra ganhar clássico, era pra quebrar o 7 do Fluminense. Acho que isso tem que chegar no árbitro. Teve catimba no Rio e com certeza terá lá. Eles são um grande time e não precisam disso.
– O Olimpia não vai ganhar o jogo por intimidação. Mas tem que ter um árbitro com pulso. Não podemos cair no jogo deles. O Millonarios é uma grande equipe. Muito difícil de ser marcado. O Olimpia é aguerrido, usa muito da bola aérea. Mas é Libertadores. Tem dificuldade. A preparação já começou. Trabalhamos bem uma situação de jogo pensando na quarta-feira.
Desempenho da garotada que entrou no jogo
– Eu gostei muito, primeiro porque entraram com um espírito muito bom. E segundo, porque nós não estávamos preocupados em bater recorde, nada disso. Queremos ganhar jogo a jogo, por acaso chegou em um número que poderia nos dar esse recorde, mas muito mais importante que isso é essa garotada terminando o jogo com cinco ou seis (em campo). Quer dizer, o trabalho de Xerém continua, isso para nós é muito importante. Torcedor veio, compareceu, campo muito difícil, um lugar mais alto, outro lugar não tão alto, vários tipos de grama, um calor horroroso… Mas valeu. Não ganhou, mas não perdeu. Não fez um grande jogo, uma equipe que jogou diferente daquela que vinha atuando, mas saí satisfeito.
Autoestima do elenco após empate contra o Boavista
– Como vai abaixar a autoestima? Time que vem jogar nesse lugar aqui, que é complicadíssimo, esse time ganhou de quatro do Bangu. Quatro horas da tarde, torcedor que estava aqui saiu aplaudindo a garotada, contente, com cinco ou seis jogadores da base. Não estamos preocupados com recorde, isso não abate em nada, não muda nada, não tira a confiança de nada. Nós vamos é tentar chegar quarta-feira lá e fazer um grande jogo. O que nós queremos é passar. Como vai ser não importa. Temos que jogar, ganhar duelo, guerrear, uma série de coisas. Mas aqui estamos orgulhosos dos meninos. Primeiro tempo não foi lá muito bom e tal, no segundo de outra forma melhorou, mas não deu, paciência. Não muda absolutamente nada nem nos desanima.