O Palmeiras venceu de virada a Juazeirense por 2 a 1, na Arena Barueri, pela Copa do Brasil, Nildo Petrolina marcou para equipe baiana, enquanto Breno Lopes e Gustavo Scarpa viraram para o Verdão. O treinador Abel Ferreira concedeu a tradicional entrevista coletiva pós-jogo.
Abel Ferreira falou sobre as dificuldades enfrentadas pelo Palmeiras na partida, expressou sua opinião sobre o episódio de racismo sofrido pela torcida alviverde no Equador e comentou as oportunidades de gols desperdiçadas pelo Verdão.
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Dificuldades e obrigação de vencer
O treinador abordou a obrigação do Palmeiras de vencer e passar de fase na Copa do Brasil e o que faltou para o Verdão fazer um jogo mais tranquilo diante da Juazeirense.
-Meus jogadores tentaram, além dos dois gols, tivemos mais quatro oportunidades, faltou apenas um pouco mais de qualidade nas finalizações. O adversário se fechou com dez jogadores, deixando apenas o centroavante a frente, isso deixou o jogo mais difícil, deveríamos ter sido os primeiros a marcar, porém não conseguimos. Queríamos uma vantagem maior, mas como eu disse ao seu colega, nossa obrigação é ganhar e passar-, falou Abel Ferreira.
Casos de racismo
Abel expressou sua opinião sobre o caso de racismo sofrido pela torcida do Palmeiras, na vitória sobre o Emelec, pela Libertadores, na última quarta-feira(27).
-Este é um tema muito sensível, precisamos ter cuidado para falar sobre o assunto. Isso tem haver com a formação de cada pessoa, por isso já disse que a maior ferramenta que existe no Mundo é a educação. Agora da minha parte, eu lamento e fico triste, porque para mim o futebol é espetáculo. Eu preciso ir ao jogo para apoiar a minha equipe, não para descontar minhas frustrações pessoais nas pessoas que estão lá. Hoje a sociedade global passa por uma crise muito grande de valores, ou seja, respeito, gratidão, pedir desculpas, mas isso não ocorre apenas na América do Sul, acontece no Mundo inteiro-, respondeu o treinador do Palmeiras.
Chances de gols desperdiçadas
O treinador do Verdão comentou sobre as chances de gols desperdiçadas pelo Palmeiras nos últimos jogos, o comandante entende que nenhum jogador falha propositalmente.
-Tem uma coisa que tenho certeza absoluta porque fui jogador, ninguém vai de baixo das traves e falha de propósito, eu sei que eles querem acertar, por conta disso, a maior obrigação é correr e se esforçar, neste sentido precisa entregar tudo. Logicamente que quando estamos treinando eu cobro concentração e foco, porque a cada duas oportunidades nos jogos precisamos fazer pelo menos uma. Nossos jogadores sabem disso, mas eles não fazem de propósito, todos querem ser os melhores goleadores, o melhor zagueiro ou o goleiro menos vazado, mas no futebol não interessa se eu chuto dez vezes e faço dois, é a mesma coisa que arrematar quatro e fazer dois. Criamos o suficiente para fazer pelo menos mais um gol, já que não deu, seguimos em frente-, declarou o comandante do Verdão.
O Palmeiras volta ao campo na próxima terça-feira(03), às 21h30(de Brasília), contra o Independiente Petroleiro, no Estádio Olímpico Pátria, na Bolívia, pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores.
