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“Além das conquistas”: mecenas cobram metas de gestão do Atlético-MG

"Além das conquistas": mecenas cobram metas de gestão do Atlético-MG
Foto: Bruno Cantini/Atlético

Criou-se uma imagem sobre o Atlético-MG dentro do cenário nacional de que o clube possui investidores que estão colocando dinheiro dentro do clube para realizar grandes contratações, como Hulk, Nacho Fernández e Diego Costa. Muitos se perguntam qual a chance do Galo “quebrar” por conta disso, já que tem uma das maiores dívidas do país, chegando à valores bilionários.

Apesar do Atlético-MG ter muito a pagar e um grau de dependência considerável com o seu órgão colegiado dos “4Rs”, formado por Rubens e Rafael Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães, há um projeto para que o clube seja autossustentável em um prazo de cinco anos. De acordo com o diretor de futebol do Galo, Rodrigo Caetano, há metas de gestão que a administração atleticana precisa cumprir e que são cobradas pelos empresários mais do que o resultado esportivo.

– Seja na questão técnica ou investimento, tem a participação dos apoiadores e não necessariamente fazendo apenas o aporte financeiro, porque eles, hoje, são empresários de sucesso, totalmente reconhecido no Brasil e fora dele. Eles aportam também conhecimento específico de administração e de gestão propriamente dito. Então, eles cobram todos nós executivos, metas que a gente venha a atingir estabelecidas por eles, não pensem que a gente vai lá e apresenta uma contratação, um nome, eles dizem que sim, não ou talvez, não existe isso. Existe uma cobrança por parte de todos eles, porque o objetivo é fazer essa travessia do Galo com um time competitivo, com a inauguração da Arena MRV no ano que vem e de forma sustentável, para que no futuro, quem sabe, o Galo seja cada vez menos dependente desses apoiadores e é por isso mesmo que afirmo que a cobrança deles numa gestão do clube como um todo existe tão ou até mais que a cobrança no resultado esportivo – disse Rodrigo Caetano ao programa Seleção SporTV.

Quanto às grandes contratações que o Atlético-MG tem feito, Rodrigo Caetano explicou que o único grande investimento do clube foi em Nacho Fernández, que foi necessário comprar o jogador de outro clube. No caso de Hulk e Diego Costa eram jogadores sem time e que precisou-se negociar apenas salário e luvas. No entanto, o diretor de futebol atleticano disse que também existe um poder de convencimento para poder contar com jogadores desse porte.

– Se for ver, este ano o Galo investiu no Nacho. Em quem houve necessidade de investimento em aquisição foi no Nacho Fernández. Os demais, Tchê Tchê foi um empréstimo junto ao São Paulo com um valor que não é representativo, Hulk e Diego Costa, jogadores que ficaram livres, assim como Dodô. Você tem como diluir o teu investimento ao longo do período de contrato, isso que viabiliza o Galo e outras equipes brasileiras serem competitivas dentro do mercado. No caso do Hulk, a gente já vinha monitorando a situação dele, ele já estava sem contrato e nós passamos o mês de janeiro e um pouco de fevereiro para poder apresentar um projeto esportivo e financeiro para ele, da mesma forma que foi agora com o Diego, praticamente um mês e meio conversando para que ele entendesse que valeria muito a pena o fato de retornar ao Brasil numa equipe que tem aspirações grandes. Acho que é preciso ter capacidade de convencimento – explicou.

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Várias das metas de gestão que a atual administração do Atlético-MG precisa cumprir foram explicitadas durante o “Galo Business Day”, ocorrido em abril deste ano. Uma delas é em arrecadação por venda de jogadores, que o Galo alcançou metade dela com R$ 60 milhões através de vendas como as de Marrony e Gabriel. Para que o Alvinegro seja referência esportivamente e fora dos gramados dentro do cenário sul-americano, será necessário trabalhar bem as finanças do time.

O que tranquiliza o torcedor atleticano é que todos os investimentos feitos pelos “4Rs” não possuem prazo para pagar. Caso haja prejuízo em qualquer contratação de jogador, segundo os próprios investidores, quem sofrerá será o próprio mecena que colocou dinheiro para efetuar a transação.

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