Amanda Lemos revela ‘perrengue’ para chegar aos EUA para luta no UFC

Por Victor Martins

Publicado em 2 de novembro de 2022, às 16h12

Reprodução/Instagram Oficial Amanda Lemos

Neste sábado (5), Amanda Lemos terá pela frente Marina Rodriguez em duelo brasileiro no main event do UFC desde final de semana. Mas esta luta quase não aconteceu por conta da situação pós-eleições no Brasil.

Em entrevista ao Combate, Amanda revelou ter passado por uma verdadeira odisseia para poder chegar aos EUA para participar do card a ser realizado em Las Vegas. Por causa dos bloqueios nas estradas liderados por caminhoneiros e apoiadores de Jair Bolsonaro, em protesto contra a derrota deste nas eleições do domingo (30) para Luiz Inácio Lula da Silva, muitas pessoas tem sido impedidas de passar e por pouco a lutadora não se viu longe do octógono por causa disto.

– Saí de Belém às 12h de segunda-feira (31), chegamos em São Paulo antes das 16h e ficamos perto do check-in para não ter correria. Fizemos o check-in esperando pelo voo e nada. ‘Ah, o voo vai atrasar porque interditaram a pista’… Ficamos a noite toda no aeroporto porque falaram que o voo iria atrasar, mas que sairia lá pelas 2h ou 3h da manhã. E a gente ficou no aeroporto – declarou Amanda Lemos, que relatou que teve até que usar o quarto do hotel em que ficou para treinar antes da viagem.

– Já era mais de 3h quando falaram que a gente teria que ir para o hotel. Imagina, era uma fila quilométrica para resolver essa situação. Pegar voucher, depois outra fila para pegar táxi e a gente chegou no hotel quase 6h. Tirei tudo do quarto para treinar. A gente fez um treino forte e é isso. Não tem do que reclamar. Temos que ir para a guerra e contar a história depois – completou a brasileira.

A possibilidade de que a próxima desafiante ao cinturão peso-palha saia desta luta é especulada, por conta do bom posicionamento de ambas no ranking da categoria (Amanda é a sétima do ranking e Marina é a terceira). Por isso, a lutadora confia em seu potencial para poder conseguir tal chance.

– Foi uma luta bacana que recebi, encarar a top-3 da categoria. É uma oportunidade que não quero deixar escapar. Quero lutar e ser a próxima a disputar o cinturão. A Marina é uma excelente atleta e vem mostrando isso no octógono, mas ela é minha adversária, então treinei e dei de tudo de mim na academia para sair com a vitória – declarou.