A equipe de Guto Ferreira apostou em uma proposta mais reativa, diante do forte elenco comandado por Hernán Crespo.
O alvinegro variava entre uma linha de seis ou cinco jogadores à frente do goleiro, com função para os meias tirarem espaços entrelinhas.
A função não foi tão exigida, visto que o SPFC tinha muitos problemas de aproximação na etapa inicial.
Reinaldo, que compôs a primeira linha de três, com qualidade no passe, não tinha opções. Quando em marcação média, o Vozão adotava um 4-4-2, que facilmente anulava o São Paulo por conta da ausência de movimentação e de jogo apoiado pelo centro do campo.
Novamente, o SP teve sucesso atraindo a marcação adversária para o centro, tendo liberdade para atacar as laterais. A boa marcação cearense, aliada à lentidão na troca de passes da equipe paulista impedia que a bola chegasse com frequência nos jogadores livres, prejudicando a criação de oportunidades.
Na parte defensiva, o lance do gol alvinegro escancarou uma sequência de graves falhas do time de Crespo. Sem encurtar o espaço de nenhum dos três atletas que tocaram na bola no terço final, até a conclusão em gol, o São Paulo deu muita liberdade ao adversário, que saiu na frente.
Na segunda etapa, uma nítida melhora. Mais agrupado, o São Paulo atacava a área com mais volume. O que foi notado justamente no lance do gol de empate, após finalização de Eder. Cinco atletas tricolores estão nessa faixa de campo, buscando superioridade numérica e gerando um incômodo não levado ao Ceará na primeira etapa.
A entrada de Benitez auxiliou o jogo entrelinhas. Bem na partida, o argentino distribuía bem os passes na entrada da área, além de infiltrar como opção, mantendo a proposta de ter superioridade dentro da área para buscar o empate.
No recorte dos 90 minutos, o Ceará foi mais consistente. Apesar da ausência da vitória, o São Paulo teve bons momentos na partida, que contou também com o importante retorno de Luan.