O atacante Kayky sofreu injúria racial por parte de um torcedor do Vitória, na última segunda-feira (30). O ataque ao jogador do Tricolor aconteceu por meio de um post numa rede social e comparava Kayky a um macaco. A ofensa aconteceu um dia depois dele ter marcado o gol que decidiu o último Ba-Vi. O post foi apagado após a repercussão negativa, o que não impediu o Bahia de denunciar a conta na rede social nem de prestar queixa junto à Polícia Civil.
Em sua conta oficial na mesma rede social, o Bahia se manifestou contra o caso de injúria racial sofrida por Kayky e tornou pública a denúncia e queixa.
Injúria Racial ou Racismo?
A Lei n.º 7.716/89 prevê que o crime de racismo ocorre quando uma coletividade é atingida única e exclusivamente por sua “raça”, cor, etnia, religião ou origem. Logo, perante a lei, só é considerado o crime de racismo quando um grupo social é atingido.
O caso sofrido por Kayky é considerado como injúria racial pelo fato das ofensas terem sido proferidas diretamente contra ele, e não um grupo social.
Após mudança na lei no começo de 2023, o crime de injúria racial foi equiparado ao de racismo. A pena, que antes previa reclusão de um a três anos, passou a prever reclusão de dois a cinco anos, além de pagamento de multa. Ambos os crimes são inafiançáveis.
Nova mancha
Esse não foi o primeiro caso de injúria racial envolvendo torcedores rubro-negros. Na semana passada, durante a partida entre Vitória e Doce Mel, vencida por 3 a 0 pelos donos da casa, um torcedor do clube xingou o goleiro Rodolfo, do Doce Mel, de “Macaco V****”. O áudio foi captado pela TVE, detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Baiano.
