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Após nota contra João Martins, Mancha Alviverde protesta na sede da CBF

Protesto ocorreu na frente da CBF, no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Instagram Mancha Alviverde)

Organizada mostrou apoio a João Martins e protestou contra CBF e Seneme

Foto: Reprodução/Instagram Mancha Alviverde

A torcida organizada do Palmeiras, Mancha Alviverde, protestou contra a CBF e o chefe da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme, nesta terça-feira (4). Os integrantes foram à frente da sede da CBF, no Rio de Janeiro e estenderam faixas e entoaram gritos contra a entidade, assim como mostraram apoio ao auxiliar-técnico João Martins.

Os cartazes continham os dizeres “CBF, a vergonha do futebol”, “Wilson Seneme Fanfarrão” e “Arbitragem no Brasil é uma VARgonha”. Foram cantadas várias frases, como “Ô CBF, presta atenção, o João falou tudo com razão!”, “Não é mole, não, A CBF está roubando o Verdão!” “Put* que pariu, a CBF é a vergonha do Brasil!” (confira vídeo abaixo)

Vídeo: Reprodução/Instagram Mancha Alviverde

A ação ocorre depois do erro da arbitragem contra o time no último domingo (2), no empate de 2 a 2 diante do Athletico, na Ligga Arena. O árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima foi até o VAR e mesmo assim não expulsou o zagueiro Zé Ivaldo, após o mesmo desferir uma cotovelada no atacante Endrick dentro da área – ele recebeu apenas cartão amarelo.

Diversos comentaristas questionaram a decisão e apontaram um grave erro contra o Alviverde. Tanto que a própria CBF decidiu afastar o árbitro, nesta segunda-feira (3), de acordo com informação do jornalista Mauro Naves.

Após o apito final, o auxiliar técnico João Martins esbravejou contra à arbitragem. “Pela saúde mental da comissão técnica, ainda bem que sou eu aqui. Nós entendemos que o futebol brasileiro passa uma imagem de que é o mais competitivo do mundo porque ganham vários. Mas ganham vários porque, muitas vezes, não deixam os melhores ganhar. Foi mais uma vez o que se passou hoje. É ruim para o sistema o Palmeiras ganhar dois anos seguidos”, disse.

Reclamou que foi uma vergonha o que aconteceu na partida: “Como é que se condiciona um jogo aos três minutos?”. Na sequência, o diretor de futebol Anderson Barros interrompeu a coletiva e afirmou que aquilo era um pronunciamento.

Nota da CBF

Depois disso, a CBF emitiu uma nota acusando Martins de xenofobia e chamou suas frases de “um desfile de grosserias”. Também revelou que “está encaminhando o vídeo contendo as declarações do profissional do Palmeiras ao presidente e ao procurador do STJD para que ele revele qual seria o esquema ou o sistema no futebol brasileiro que não permite que o melhor vença”.

Foram citados também avanços na arbitragem, dizendo que ela nunca investiu tanto no aprimoramento da arbitragem e que o Brasil é o único país do mundo a oferecer avanços tecnológicos nos estádios, com telões mostrando os lances em tempo real. Esta última afirmação é falsa, já que diversas ligas em outros países já mostram lances das análises do VAR. Neste Brasileirão, porém, isto não vem ocorrendo desde o início do torneio.

Palmeiras responde

Então, o Palmeiras reagiu e elencou uma série de questionamentos a respeito da defesa que a entidade fez à arbitragem e ao investimento nela, bem como deu uma “cutucada” no acerto dela com um treinador que, assim como João Martins, é estrangeiro (Carlo Ancelotti).

O clube protestou também com a marcação do jogo Bahia x Palmeiras para somente 24 horas após a Data Fifa, contrariando o que a própria CBF havia dito que faria neste Campeonato, no ano passado. Na ocasião, ela afirmou em seu site que, “além dos jogos não serem realizados durante a Data FIFA, os times que tiverem jogadores convocados terão um intervalo mínimo de 48 horas entre o fim do período e suas partidas.”

Isto não aconteceu na partida em questão, mesmo com o Verdão tendo cinco jogadores convocados. Como consequência, Abel não pode usar quatro destes jogadores e o time perdeu por 1 a 0, em Salvador. O Botafogo, líder do Brasileirão, por exemplo, pode jogar no dia seguinte normalmente, mesmo sem ter tido ninguém convocado.

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Confira abaixo os questionamentos do Palmeiras

“Por que o comunicado da CBF é endereçado exclusivamente ao Palmeiras, sendo que profissionais de outra equipe da Série A fizeram, também ontem, comentários semelhantes aos do auxiliar técnico João Martins?” No caso, os comentários em questão são de Felipão, que após o empate do Atlético-MG com o América, no mesmo domingo, disse que os amarelos dados ao atacante Hulk são “ordem lá de dentro”.

“Por que a opinião de um profissional português sobre o futebol brasileiro causou tanto desconforto à CBF se a própria entidade, como é de conhecimento público, busca um treinador estrangeiro para comandar a Seleção Brasileira?”

“Qual teria sido a conduta “xenofóbica” de João Martins? Elogiar a qualidade dos jogadores brasileiros?”

“Se a gestão da Comissão de Arbitragem investe tanto assim em tecnologia, por que o nosso VAR é incapaz de apontar objetivamente se uma bola ultrapassou ou não a linha de gol, como aconteceu no recente duelo entre Palmeiras e Bahia, pelo Brasileiro?”

“Por que o atleta Zé Ivaldo, do Athletico-PR, não foi expulso ontem, após acertar uma cotovelada na nuca do atacante Endrick, em lance revisado pelo VAR?”

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“Por que no jogo entre Palmeiras e São Paulo, pela Copa do Brasil de 2022, o VAR não traçou a linha de impedimento no lance que originou o gol do nosso adversário e que nos custou a eliminação? Por que a imagem da revisão desta jogada sumiu?” “Por que a Comissão de Arbitragem da CBF, presidida por Wilson Seneme, nunca pediu desculpas ao Palmeiras pelo erro grave cometido pelo VAR na Copa do Brasil do ano passado?”

– Por que o Palmeiras, na rodada seguinte após a mais recente Data Fifa, não pôde contar com nenhum de seus três atletas convocados para a Seleção Brasileira?

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