O primeiro Fla-Flu de 2022 terminou em vitória Tricolor. Com gol de Jhon Arias, o Fluminense de Abel Braga venceu o Flamengo e alcançou a vice colocação no Campeonato Carioca, com nove pontos. A partida foi realizada no Estádio Nilton Santos e teve momentos conturbados, terminando em um expulso para cada lado e uma chuva de cartões amarelos para ambos os times.
Na coletiva de imprensa, após o jogo, o treinador Abel Braga respondeu perguntas sobre sua impressão em relação ao time, apresentações individuais, importância da vitória, variações táticas e o que ainda falta para o clube evoluir em campo.
Abel também tranquilizou os torcedores ao afirmar que Luiz Henrique não sofreu lesão, já que o jogador levou a mão à coxa no segundo tempo:
“A maneira com que ele caiu eu pensei que era lesão, mas não era. Eu ia tirá-lo. Quando o cara cai botando a mão na posterior… mas não foi. E no final ele só saiu porque tinha sentido cãibra. Já tinha falado com o médico como foi o caso também do Felipe Melo. Mas é importante que nós seguimos superar isso tudo.
Ao ser perguntado sobre o que ainda falta para o time, o técnico não desviou da resposta:
“O que falta é que nós temos que fazer melhor a ocupação do espaço, nós temos que melhorar muito na segunda bola. Porque qual era nossa ideia? Era tentar pressionar o Flamengo pra que essa bola viesse alta pra Arrascaeta, pra Gabigol, pra Éverton Ribeiro, porque esses jogadores, por estatura, por características, não têm condição de disputar essa bola aérea com a minha defesa. Mas ao mesmo tempo ganhamos sempre a primeira mas não ganhamos a segunda. Então essa ocupação espaço é uma coisa que nós temos que melhorar. Jogar melhor a segunda bola. E o que chama atenção é que nós treinamos, nós conversamos, nós nos posicionamos muito bem em todo escanteio, porque é onde o Flamengo bate é no primeiro poste. Dois escanteios que foram mal batidos, a bola passou aí por meio metro de altura ela duas vezes passou pela nossa defesa e podia ter mudado o resultado. Hoje, se não tem VAR, com certeza nós teríamos perdidos”
+ Felipe Melo provoca Diego em discussão no clássico Fla-Flu: ‘Você é meu vice’
OUTROS TEMAS DA COLETIVA
IMPRESSÕES DO JOGO E MARCOS FELIPE
“Eu não passo um jogo sem comentar que vocês me perguntam sobre individualidade, caramba, não é fácil. Eu trabalho com trinta e dois jogadores. Sobre o jogo, tivemos um primeiro tempo muito complicado, nós imaginávamos mas não pensávamos que ia ser tão complicado. Nos posicionamos mal, nos deixamos envolver pela movimentação do Flamengo. É claro também que a normalidade seria cair um pouquinho no segundo tempo, e nós subimos um pouquinho o Felipe pra junto do André, demos uma liberdade e ao mesmo tempo um posicionamento tático pro Iago, inclusive fez um grandíssimo jogo. E você vê como é o futebol: no primeiro tempo nós corremos atrás do Flamengo e nós tivemos mais finalização, tivemos melhores contra-ataques e no segundo tempo tivemos mais controle do jogo e finalizamos menos, né? Por isso que o futebol é essa loucura. E sobre o o Marquinhos, nada a falar. Porque você não tem que levantar essa questão pra mim, é uma posição bem específica, qualquer clube hoje tem treinador de goleiro. Então o importante pra nós é que, além do Muriel, além do Pedro, nós temos hoje goleiros que estão em um momento espetacular que é o Fábio e o Marquinhos, então eu vou seguir aquilo que o André passar pra mim. Porque ele é o treinador de goleiros, ele trabalha com esses caras a semana inteira, o dia inteiro. E é muito bom contar com quatro goleiros desse gabarito.”
IMPORTÂNCIA DA VITÓRIA PARA O INÍCIO DE SEU TRABALHO E PARA A LIBERTADORES
“Dá confiança porque, como você colocou, não é um adversário vulgar, não é um adversário comum. Como o adversário é muito forte, creio que eles se adaptaram muito bem e rapidamente ao esquema do Paulo, é um time que roda bastante, com troca de posições, então pra nós tem um significado importante. Você vencer um adversário desse quilate é óbvio que traz confiança, traz uma certa tranquilidade, já foram três jogos sem sofrer, isso é um pouquinho complicado pra início de temporada e já começamos a ter uma convicção de que a coisa tá correndo bem atrás. É claro que falta muito, falta muito. Então vamos agora nos preparar pro próximo jogo, que é outro clássico, e nós temos que encarar com a mesma seriedade que encaramos hoje.”
ESQUEMA TÁTICO DA EQUIPE SEM UM ‘CAMISA 10’
“É uma coisa muito muito difícil de você analisar, isso vai de clube pra clube. Hoje nós tínhamos Nathan, tínhamos o Ganso. O Ganso hoje ia entrar e depois veio a expulsão, ele não entrou. Existem sistemas que você não usa muito o camisa 10 e tem outras situações que você usa, então muita gente contesta, mas você vê, no segundo tempo nós começamos com Felipe jogando no meio campo e não precisamos fazer substituições. Nós mudamos o esquema, foi quando nós tentamos melhor o jogo, começamos ter mais, muito mais a bola do que mantivemos no primeiro tempo e sem substituir né? A versatilidade do Iago ela é muito boa, tanto que na expulsão não mexi, mas é isso, tem jogo que vai ser necessário o camisa 10. Hoje nós optamos, porque aí você tem que fazer o contraponto com mais jogadores que tem essa característica de marcação, porque você está em campo com o William, com o Fred e com Luiz Henrique. Então se você está arriscando muito num determinado setor, no outro você tem que se resguardar um pouco. E é por aí que nós estamos caminhando, eu acho que essa vitória vai dar uma confiança melhor, vamos ver um time de repente mais solto no próximo jogo. Tomara, é jogo difícil, complicado, mas vamos encarar com a mesma seriedade.”
O próximo duelo do Fluminense é contra o rival Botafogo, na próxima sexta-feira (11), com horário ainda não definido.
Siga o Esporte News Mundo no Twitter, Instagram e Facebook para acompanhar todas as informações do Fluminense.