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Atlético-MG se manifesta sobre polêmica de fraude em eleição do Conselho Deliberativo; confira

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Foto: Pedro Souza/Atlético

O Atlético-MG emitiu nota oficial, na tarde desta quinta-feira (17), sobre a nova polêmica envolvendo os bastidores. Na quarta-feira, foi noticiado possíveis irregularidades e fraudes na última eleição para o Conselho Deliberativo do Galo, que tomará posse em 2023. A situação pode impactar na decisão de SAF do clube.

As matérias divulgadas pelo jornal Hoje em Dia e ge informaram uma suspeita de fraude na eleição de alguns dos 150 nomes para o Conselho Deliberativo, que aconteceu em agosto. A bomba impactaria, também, na nova reunião, marcada para segunda-feira (21), para tratar sobre o assunto e definir novos passos da SAF.

O requerimento foi feito pelo delegado da Polícia Civil, Cláudio Utsch, que também é ex-presidente do Conselho de Ética do Atlético, e atual conselheiro benemérito. Entre as alegações, estão possíveis irregularidades em cláusulas em requisitos para os candidatos poderem ser elegíveis.

O ex-vice-presidente e ex-diretor jurídico do clube, Lázaro Cândido, e Rodolfo Gropen, ex-presidente do Conselho Deliberativo, se manifestaram endossando o pedido de Utsch para que houvesse uma apuração e comprovação das possíveis irregularidades.

Com isso, devido a gravidade do assunto, o Atlético se manifestou, em nota oficial, sobre o assunto. O clube alegou que a eleição foi feita dentro do “modus operandi” das últimas edições e negou que houve fraude.

Além disso, apontou a polêmica como “cortina de fumaça sobre a eminente mudança de nome da Arena MRV, decisão essa, sim, aprovada de forma obscura, em votação na calada da noite, nos instantes finais de uma reunião do Conselho que sequer tinha o referido assunto em pauta”.

Confira a nota oficial na íntegra:

Em face das reportagens veiculadas na imprensa na noite de ontem (17/11), o Conselho Deliberativo do Galo esclarece que:

1 – A Assembleia Geral Ordinária realizada no dia 8 de agosto do corrente ano, que elegeu a chapa única Galo Triplete para as 150 vagas de conselheiros eleitos e 75 vagas de conselheiros suplentes, transcorreu dentro da mais absoluta legalidade e lisura, obedecendo ao mesmo “modus operandi” das últimas eleições deste Conselho;

2 – Os procedimentos nela adotados foram rigorosamente iguais aos das últimas Assembleias Gerais ocorridas com a mesma finalidade, inclusive na que aconteceu durante a gestão do conselheiro Rodolfo Gropen como presidente do Conselho, período em que o conselheiro Lásaro Cândido ocupava o cargo de vice-presidente executivo do Clube. Aliás, importante deixar claro que o mesmo fato que Rodolfo Gropen contesta ocorreu em sua própria eleição para conselheiro. Ele foi nomeado conselheiro do Clube em agosto de 2010, mas se tornou efetivamente sócio da Vila Olímpica somente em abril de 2009 – data em que iniciou os pagamentos – portanto menos de dois anos depois de sua integração ao quadro social. Da mesma forma, Lásaro Cândido foi eleito conselheiro na mesma data e iniciou os pagamentos do clube social em junho de 2009. Dessarte, ambos querem, agora, se beneficiar de suas próprias torpezas!

3 – A carta contida nas referidas reportagens, assinada pelos conselheiros supracitados, causa-nos enorme estranhamento. Até porque, caso algum procedimento não tivesse ocorrido dentro das normas e da tradição, a chapa deveria ser impugnada dentro do prazo legal, conforme rege o Estatuto do Clube, o que não ocorreu. Mais: se tivesse havido eventual desacerto, era obrigação do presidente do Conselho de Ética e Disciplina do Conselho Deliberativo, cargo ocupado à época do pleito pelo conselheiro Cláudio Utsch, reagir de imediato contra supostas violações, o que não aconteceu;

4 – A Massa Atleticana precisa saber que todo esse “blá-blá-blá” nada mais é do que uma tentativa de jogar uma “cortina de fumaça” sobre a eminente mudança de nome da Arena MRV, decisão essa, sim, aprovada de forma obscura, em votação na calada da noite, nos instantes finais de uma reunião do Conselho que sequer tinha o referido assunto em pauta;

5 – Não tendo argumentos para contestar a decisão deste Conselho de levar à votação a mudança de nome da nossa nova casa, o que se tenta é um despiste das reais intenções, a fim de confundir a sociedade e a Massa Atleticana, com atitudes oportunistas e acusações levianas, típicas de quem coloca interesses pessoais acima dos coletivos;

6 – Por óbvio, a possibilidade de alteração do nome do estádio não configura desrespeito à história de Elias Kalil. Ao contrário. Dar o seu nome a um estádio no qual não teve qualquer participação ou influência não faz justiça à sua obra no Clube. A propósito, o que se pretende não é impor nenhum nome, mas democratizar tal escolha, oportunizando aos conselheiros decidir de maneira transparente e oportuna sobre tema de tamanha relevância e simbolismo;

7 – Por fim, reiteramos que está mantida a Reunião Extraordinária deste Conselho Deliberativo, a ser realizada no dia 21 de novembro, bem como todas as pautas contidas no Edital de Convocação.

Conselho Deliberativo do Clube Atlético Mineiro

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