O Esporte Clube Bahia, reconhecido por suas ações sociais desenvolvidas nesses últimos anos, não deixaria o Dia do Orgulho LBGTQIA+ sem nenhuma ação.
Esta segunda-feira (28) é o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais ou Travestis, Queer, Intersexual, Assexual e demais orientações sexuais e identidades de gênero). A data tem o principal objetivo de conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e igualitária, independente do gênero sexual. O clube baiano anunciou que passará a vender a camisa da Torcida LGBTricolor, criada em 2019 por uma de suas torcidas organizadas.
As camisas, que possuem as cores do arco-íris em listras verticais, serão expostas e estarão à venda na loja oficial do Bahia, Esquadrão, localizada na Arena Fonte Nova. O lucro com as peças será revertido para o projeto “Canarinhos Arco-Íris”, que é um coletivo nacional de torcidas LGBTQIA+, sem fins lucrativos, criado com o objetivo de construir ações para combater a homofobia no futebol.
No ano passado, nessa mesma data, o Bahia lançou uma campanha sobre o uso do número 24, que é historicamente, relacionado ao homem gay, por conta do jogo do bicho, que associa este número ao veado, animal, que por sua vez, é utilizado como forma de ofensa para a comunidade LGBTQIA+. O ex-jogador Tricolor, o volante Flávio Medeiros, passou a usar a numeração em toda temporada de 2020.
Já no ano de 2019, o Bahia lançou a campanha #LevanteBandeira junto com o vídeo “Não existem linhas que limitem o amor”.
No site oficial, o clube divulgou o seguinte manifesto, em 2019:
“#LevanteBandeira
Não existem linhas que limitem o amor
O futebol, como reflexo da sociedade, revela seus sentidos e sentimentos.
Diversas camadas de compreensão nos conduzem à conclusão de que futebol e sociedade se misturam.
Portanto, não há equívoco em compreender nossas virtudes, limitações e desafios sociais a partir do futebol.
No panorama social, a homofobia nos estádios é apenas uma pequena expressão do que acontece fora deles.
A homofobia mata, oprime, deprime e provoca muitas feridas. Talvez essa realidade explique o afastamento das pessoas LGBTQI do ambiente do futebol.
O Bahia veste três cores, mas está ao lado de todas as outras. Respeitamos as regras, mas ignoramos as linhas, os limites… É preciso dar um passo à frente, evoluir e conviver em sinergia.
Não é uma questão de pontos a mais ou a menos. É um propósito de igualdade, amor e vida. Manifestemos isso”.