A pré-temporada da Fórmula 1 no Bahrein pode render mais do que dados e expectativas para os pilotos e as equipes. O governo do país anunciou que pretende vacinar os envolvidos tanto nos testes quanto na abertura da temporada contra a covid-19, no fim de março.
De acordo com o Reino do Bahrein, a vacinação nos principais eventos internacionais seria benéfica “tanto aos participantes quanto à população nacional”. O raciocínio leva em conta que muitos membros das equipes ficarão no país por ao menos três semanas, gerando “uma chance única de fornecer proteção adicional para aqueles que desejam aproveitar a oportunidade de vacinação”. A vacina oferecida seria a produzida pela Pfizer-BioNTech, embora outras quatro estejam sendo utilizadas: Sinopharm, AstraZeneca, Sputnik V e Johnson & Johnson.
O plano é elaborado pelo Ministério da Saúde do Bahrein e o objetivo é vacinar a chegada dos envolvidos nos trabalhos da Fórmula 1 logo na chegada ao país e entregar a segunda dose pouco antes de deixarem o local, cerca de 21 dias depois.
OFERTA NÃO DEVE SER ACEITA
O Bahrein já conseguiu vacinar cerca de 9% da população com as duas doses necessárias, mas os casos continuam a subir. Em fevereiro, o país atingiu 848 novos casos em um dia. Desde o início da pandemia, 444 mortes foram confirmadas.
Mesmo com esses números, a Autosport afirma que a oferta não deve ser aceita nem pelas equipes, nem pela organização da Fórmula 1. De acordo com o site, um porta-voz da categoria teria afirmado que a F1 “não tem planos de ser vacinada como um grupo itinerante antes do lançamento já estabelecido de vacinas através do sistema de saúde no Reino Unido”.
A pandemia da covid-19 alterou todo o calendário de 2020 da Fórmula 1 e já causou mudanças no cronograma para este ano: o GP da Austrália, que tradicionalmente abre a temporada, foi adiado – abrindo espaço para o Bahrein sediar a primeira corrida e também a pré-temporada, que não acontecerá na Espanha.
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