O Red Bull Bragantino empatou sem gols com a Ferroviária na noite deste domingo (25), no Nabi Abi Chedid, em partida válida pelo Paulistão. O técnico Maurício Barbieri pontuou o baixo desempenho da equipe na partida e destacou a importância de jogadores experientes, como Júlio César, que defendeu um pênalti, para a evolução dos mais jovens.
– Eu acho que a gente não teve um bom desempenho, foi aquém do que a gente gostaria e do esperado. O que eu valorizo é o espírito de luta, dedicação, a determinação, mas hoje efetivamente a gente não conseguiu encaixar o nosso jogo e contou, claro, com a estrela do Júlio aí pra nos ajudar numa penalidade. E acho que sim, passa a tranquilidade aos mais jovem, passa experiência, num momento de acalmar um pouco mais o jogo, de tomar decisões, como de repente, não sair jogando tanto com o adversário pressionando, usar um pouco mais a bola longa, entrar de novo no jogo. Eu acho que é fundamental e contribui bastante, tanto o Júlio, quanto o Ligger, os jogadores mais experientes que começaram e iniciaram o jogo – disse o comandante em entrevista coletiva após a partida.
Questionado sobre a equipe considerada reserva ter ido a campo, o comandante citou a sequência de jogos que o obriga a alternar o time, o pouco tempo de treinamento que tem com todos e que por mais que as mudanças estejam dando resultado, hoje o Red Bull Bragantino deixou a desejar.
– Em relação a sequência, é difícil. Chega uma hora que o que o acúmulo de jogos começa a pesar, até por isso eu tenho procurado alternar os jogadores que iniciam os jogos. Eu acho que a gente tem conseguido ter um desempenho bastante satisfatório dentro dessa alternância, hoje conquistou um ponto importante. Embora o desempenho realmente não tenha deixado nenhum de nós satisfeitos. E também que talvez as pessoas não tenham se dado conta, mas com essa sequência de jogos, eu sempre opto por uma equipe que iniciou o jogo e preciso levar os demais pro banco, né? E esses que eu levo pro banco, acabam não tendo a possibilidade de treinar no dia do jogo. Na véspera, é uma sessão de treino reduzido, então a gente tem conseguido dar poucos estímulos nesse sentido também pra melhorar esse quesito, é um ponto que a gente precisa sem dúvida nenhuma desenvolver, vamos ver se o tempo vai nos permitir isso.
Barbieri também elogiou a postura da Ferroviária, que propôs um jogo ofensivo e anulou as jogadas do Massa Bruta, valorizando ainda mais o ponto conquistado em casa.
– Acho que não só o cansaço influenciou, eu acho que a gente não conseguiu mesmo encaixar o nosso jogo, ocupar bem os espaços. Tem o mérito do adversário também, que adiantou a marcação, enfim, procurou criar dificuldade pra gente, fez um jogo direto, buscando as costas da defesa, apostou bastante nas bolas aéreas, e realmente hoje foi um dia que a gente não conseguiu ter o melhor desempenho, mas isso é natural também, numa sequência que a gente vem atravessando, nem sempre a gente vai conseguir desempenhar como gostaria e, nesse sentido, o ponto é importante.
Com o empate, o Red Bull Bragantino alcançou os 21 pontos, faltando dois jogos para o término da primeira fase. Podendo chegar a 27, Barbieri pontuou que já tem um “número de segurança” que garante o Massa Bruta na próxima fase.
– Se a gente puxar pelo retrospecto, se eu não me engano, no ano passado o Bragantino fez a melhor campanha fazendo vinte e três pontos, né? É difícil eu te dizer qual seria uma pontuação segura porque o Palmeiras pode fazer vinte e quatro ainda, enfim, o Novorizontino também pode pontuar mais. Então, não sei o que vai acontecer em relação a sequência deles. Eu acho que a gente tem dois desafios importantes, Santos em casa e o Botafogo fora, nossa ideia sempre é entrar pra tentar fazer o máximo de pontos e aí sim eu tenho certeza que conseguindo fazer os vinte e cinco pontos, o Palmeiras hoje não alcança mais, né? Então, seria esses vinte e cinco pra matemática ficar correta.
O Red Bull Bragantino volta a campo na próxima quarta-feira (28), contra o Emelec, no Equador, pela Sul-Americana. Vindo de uma sequência de jogos e enfrentando um adversário descansado, Barbieri planeja estudar a melhor equipe para levar a campo e buscar um bom resultado fora de casa.
– Eu acho que é um desafio grande que a gente tem, é uma boa equipe, é líder do campeonato equatoriano, em função até da pandemia, tiveram os jogos agora cancelados, dessa rodada lá no Equador, então a gente vai enfrentar uma equipe descansada e que, com certeza, está se preparando pra nos enfrentar da melhor maneira. Esses jogos de Sul-Americana são sempre complicados, ainda mais fora de casa, os adversários tentam se impor e apresentam uma intensidade muito grande. Então a gente vai terminar de fazer uma avaliação final deles, vamos procurar fazer as melhores escolhas pra ir lá e tentar buscar um resultado que seja positivo pra nós.
Pela Sul-Americana, o Red Bull Bragantino ainda tem pela frente o Emelec, o Talleres e novamente o Tolima. Com um equatoriano (Léo Realpe), um argentino (Cuello) e um colombiano (Haydar) na equipe, Barbieri destaca como o conhecimento dos atletas sobre os times de seus países pode ajudar o Massa Bruta nos confrontos.
– Eu tenho procurado conversar com todos eles. Contra o Tolima, eu conversei bastante com o Haydar, porque é colombiano. Claro que eles já estão aqui há um tempo, né? Não tem acompanhado o campeonato lá, mas tem um conhecimento de jogadores, de como funciona a maneira de pensar, fora isso também a gente sempre faz um estudo aprofundado, mas a gente sempre procura buscar o maior número de informações possível pra se preparar da melhor maneira e, nesse sentido, conversar com o Léo Realpe, também, vai nos ajudar, com certeza [contra o Emelec].
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