Bianca Gomes revela quadro de depressão e celebra retorno após mais de um mês: ‘Hoje eu respiro vida’

Depois de 45 dias longe do futebol, a atacante Bianca Gomes, do Corinthians, se recuperou de um quadro de depressão e voltou a trabalhar no centro de treinamentos. Em vídeo publicado pelo clube, a jogadora detalhou como foi esse período.

— Aceitar foi difícil. Porque eu sempre passei uma imagem brincando, de força, que encara o mundo, as dificuldades. E eu, nesse momento, me vi fraca. Me culpei, não queria falar, queria me esconder — disse Bianca às redes sociais do Corinthians.

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Apesar de já manifestar os sintomas da depressão, a atacante contou ainda que demorou a procurar ajuda, mas que recorreu à psicóloga do time feminino do clube, Djara Fortes, e que a consulta com a profissional foi importante.

— Eu ainda demorei uns três dias. Dei desculpas até que eu pensei “cara, eu preciso falar. Eu preciso de ajuda, preciso conversar com alguém”. E aí eu achei que a pessoa mais indicada pra esse momento era a Djara. Liguei pra ela, pedi ajuda. É um tabu muito grande. Nossa sociedade, no mundo esportivo. Para descobrir, entender o que eu tinha, eu precisei chegar no fundo do poço — relatou

Após o período de tratamento, Bianca Gomes voltou a ser relacionada para um jogo do Corinthians no último sábado, quando as Brabas ficaram no empate contra o Internacional. Apesar de não ter entrado em campo, a atacante ressaltou a emoção de poder retornar.

— Pelo simples fato de ser relacionada, ver a torcida cantar, minhas companheiras se dedicarem, me abraçarem, dizerem o quanto é bom me ver de volta. É extraordinário, é como se eu tivesse meus 14 anos e estivesse fazendo minha primeira partida profissional de novo. Em dias eu pensei em morte, hoje eu respiro vida. Hoje me encontro mais forte, com uma paz tremenda, com Deus em todas as minhas direções, mais empática, feliz, grata — comemorou a jogadora.

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Bianca Gomes ainda destacou a importância de ter procurado ajuda ao apresentar os sintomas da depressão e agradeceu aos profissionais do clube e aos familiares que a acolheram nesse momento.

— Eu tive medo do mundo, das pessoas me olharem diferente. Em momento nenhum me olharam como a Bianca jogadora, atleta, funcionária. Me viram como um ser humano que estava precisando de ajuda. Eles entenderam que se a Bianca pessoa não estava bem, a Bianca jogadora não ia render. Me acolheram, abraçaram, estiveram o tempo todo comigo — completou.