Atlético-MG

Campeão, Atlético-MG faz o mínimo e o esperado, mas ainda não o suficiente

Foto: Pedro Souza / Atlético

O Atlético se sagrou campeão Mineiro ao empatar com o América em 0 a 0 nesse sábado (22). Foi o 46° título do alvinegro no campeonato, o maior campeão do estado. O título Mineiro não eleva o patamar do treinador, do clube ou do elenco, mas vem em boa hora vem após quase que uma obrigação de título. Até aqui na temporada, o Galo fez o mínimo e o esperado, mas ainda não demonstrou o favoritismo que se esperava.

O Atlético iniciou a temporada como amplo favorito ao título estadual. O maior rival, Cruzeiro, não conseguiu nem subir da série B em 2020 e tinha uma equipe ainda mais fraco nessa temporada. O América, que tomou o posto do Cruzeiro de segunda força, está há alguns degraus abaixo do alvinegro. Sendo assim, o Galo jogou o mínimo e mesmo assim foi o líder da primeira fase e o campeão no fim. Na campanha, uma derrota quase vexatória para o fraco time do Cruzeiro, na pior partida do clube na temporada. Nas finais, contra o Coelho, duas partidas bem abaixo e um título que só veio por um erro do adversário, que foi o erro da penalidade de Rodolfo.

A imagem que fica é do time levantando a taça, mas dentro de campo, esperava-se um Galo muito mais dominante. Uma equipe com tanto investimento e com tantos jogadores de qualidades (nem cabendo todos no 11 inicial) terminou o campeonato jogando com o regulamento debaixo do braço. O América, com um orçamento dez vezes menor e jogadores inferiores, conseguiram fazer frente ao “todo poderoso” Galo.

Essa visão não fica só no estadual. Na Libertadores, o Galo é líder isolado no grupo, está invicto e é o líder geral da competição, mas dentro de campo, o futebol não é muito vistoso. Fora a goleada por 4 a 0 sobre o Cerro, no Mineirão, o Atlético passou dificuldades contra times tão fracos quanto os do estadual, mas conseguiu sair vencedor.

No fim, o que vale para o torcedor é a vitória e o título – e precisa ser um título grande, “só” o Mineiro não será o suficiente no fim da temporada. Mas com tanto investimento e tantos jogadores de qualidade, se espera muito mais do Atlético. À final, é mais fácil ganhar e ser campeão jogando muito e bonito, do que jogando mal, mais ou menos e feio – apesar disso ser mais comum no futebol sul-americano. O lado bom para o alvinegro, é que os outros principais rivais (Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Inter, Grêmio), também não estão conseguindo ter a dominância esperada.

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