Na noite deste sábado (28) o Bahia perdeu para o São Paulo por 3 a 1, na Arena Fonte Nova, e o alerta voltou a ser aceso após a equipe apresentar oscilação de desempenho e sofrer sete gols nos últimos dois jogos do Campeonato Brasileiro, levando o Tricolor de Aço ao topo da lista de equipes mais vazadas do Brasileirão, com 37 gols sofridos em 23 rodadas disputadas até então.
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O auxiliar técnico Cláudio Prates, que comandou a equipe do Bahia na partida de hoje no lugar de Mano Menezes com Covid-19, frisou na entrevista coletiva logo após a partida contra o São Paulo que o Bahia perdeu mais por falhas próprias do que por méritos do time rival, e que se o Esquadrão que almejar colocações mais altas e desempenhos melhores, a postura deve mudar o quanto antes. “(Os gols do adversário foram) Muito mais pelas nossas falhas. A gente já sabe, a cobrança é sempre interna, mas não podemos falhar do jeito que falhamos. Se é postura de time que quer chegar na parte de cima da tabela, que quer brigar por outra vaga na Sul-Americana, não pode ter essa postura de levar os gols como a gente tomou. As qualidades do time adversário a gente conseguiu neutralizar, já em situações que são teoricamente mais simples a gente não conseguiu e falhou. Sabemos dos nossos erros, somos conhecedores disso, e, obviamente, vamos tentar melhorar para à próxima partida”, explanou Prates.
O Bahia que muda a chave de Campeonato Brasileiro e volta a pensar em Copa Sul-Americana. Na próxima terça-feira (1°), o Bahia joga contra o Unión, às 19h15 (pelo horário de Brasília), em Santa Fé, na Argentina, e tem a vantagem no placar, pois venceu o jogo de ida por 1 a 0. O jogo vale classificação para às quartas de final da competição continental.
Veja mais trechos da entrevista coletiva do auxiliar técnico Cláudio Prates, que comandou o Bahia na partida contra o São Paulo
Explicação para a derrota?
“A gente gostaria, obviamente, que mantivesse a performance do primeiro tempo. A comissão (técnica) traçou uma estratégia, acho que a estratégia foi muito bem cumprida. Particularmente, não gosto de ficar dando desculpas, então é óbvio que a cobrança foi feita no sentido de manter o que a gente fez no primeiro tempo. Então, é corrigir, é presar, principalmente, por esse primeiro tempo que fizemos, e seguir adiante, mas valorizar a entrada desses jovens que entraram hoje, lutaram até o final e brigaram, principalmente no primeiro tempo, honrosamente.”
Preocupação pelos desfalques
“Essa semana foi muito difícil. Confesso que foi muito difícil, estamos sem o nosso comandante (Mano Menezes), sem três pessoas da comissão, e a todo exame (que era feito) era muito tenso. E de última hora ainda perdemos dois atletas. Então, obviamente que isso mexe, não só aqui, mas em todo o futebol brasileiro, mas a gente tenta superar com a força do grupo, e hoje, pelo menos no primeiro tempo, eles demonstraram essa força”.
Problemas defensivos
“Precisamos (corrigir) e estamos treinando. Eu imagino o quanto o torcedor, o quanto a imprensa bate nisso, mas a gente está lutando muito para diminuir o erro, acho que o primeiro tempo foi muito bom em todos os sentidos. No segundo tempo não encurtamos os espaços, o que foi mais alertado era o lateral do Reinaldo, tomar um gol de lateral. São situações que mudam a cara do jogo”.
Desempenhos distintos entre os tempos do jogo
“A proposta que o São Paulo tem a gente já sabia, porque eles mantêm a proposta o tempo todo, e são situações que a gente já sabia e que não poderia tomar gol, que a gente jogaria por essa bola, e aconteceram chances para isso no primeiro tempo. Então é ter calma, animar o grupo, porque temos uma batalha muito difícil pela frente. E acima de tudo ter o comprometimento de organização que tivemos”.
Dificuldade em montar o time em meio à desfalques
“(Dificuldade) Enorme, em todos os sentidos. Mas eu não gosto de dar desculpa para nada em derrota. Mas a gente prova que estamos formando um grupo forte, e que esse grupo coeso ainda vai dar resultados bacanas para o Bahia”.
Falhas em fundamentos básicos
“Futebol de alta performance não permite erros. Não permite. E nós tivemos erros grosseiros. O que acontece num jogo com a qualidade do time contrário. Minimizar os erros é o que faz a gente ter resultados bons e ter performance boa. Minimizamos o erro todo o primeiro tempo, numa performance de igual para igual e poderíamos sair na frente, mas no segundo tempo isso não aconteceu. Realmente cometemos erros grosseiros e houve essa derrota”.
Desempenho de Elias
“Eu não gosto de analisar individualmente nenhum atleta, e hoje, principalmente a relação posicional, que eu falo sempre para os atletas antes do jogo, era fundamental. A gente tinha que ter um time extremamente compacto, um time que o lateral ajudasse o zagueiro, zagueiros próximos. Então essas relações de posições eram muito importantes, é difícil analisar individualmente um atleta. Elias estava dentro do contexto, deu o seu melhor. Se o coletivo errou, errou o coletivo, a gente nunca individualiza”.