João Doria (PSDB), governador de São Paulo, determinou, nesta quinta-feira à tarde, a paralisação do Campeonato Paulista por 15 dias.
A decisão, encaminhada nos bastidores desde a última quarta-feira, é válida a partir da próxima segunda-feira (15) e engloba as três principais divisões do futebol regional – a pausa ocorre, inicialmente, até o próximo dia 30 de março.
O pedido se dá por conta do agravamento da pandemia no estado, com recordes de mortes diárias, casos positivos para Covid-19 e superlotação dos leitos de UTI.
O presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, contrário à pausa do torneio, foi comunicado do pedido de Doria, no período da manhã, por Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional e um dos braços direitos do governador.
A paralisação vai contra os planos da FPF e também da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que determinou, na última quarta-feira, a manutenção das competições nacionais – ou seja, a Copa do Brasil.
Os clubes da Série A1 vão se reunir virtualmente nesta quinta-feira à tarde, a partir das 15h, para debater os próximos passes do Paulistão, o que inclui a possibilidade de disputar as partidas em outros estados, os quais também amargam colapso na saúde – o Rio de Janeiro é um dos estados estudados inicialmente.
“Vamos ter que adotar medidas ainda mais restritivas de distanciamento social para diminuir a circulação do vírus no estado de São Paulo. É a única forma para tentarmos, neste momento, conter a aceleração das mortes e evitar que tantas famílias sejam devastadas”, lamentou Dória, em vídeo divulgado nas redes sociais.
Essa é a segunda interrupção do futebol em menos de um ano. De 16 de março de 2020 para cá, quando o Paulista foi interrompido após o dérbi campineiro entre Guarani e Ponte Preta, a bola não rolou oficialmente em São Paulo por mais de quatro meses – a retomada só aconteceu em 22 de julho, com encerramento em agosto após título do Palmeiras.
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