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Como o Corinthians pode dominar na ‘nova Arena’, segundo cientistas

Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Neste sábado (05), o Corinthians estreia como mandante na Neo Química Arena. Diante do Botafogo, o Timão busca reeditar o ótimo aproveitamento da até então Arena Corinthians, que superava os 70%. Já é, inclusive, um desempenho acima da média, segundo pesquisas internacionais. O primeiro gol da casa corintiana, em 2014, também foi contra o Botafogo.

Um tema muito discutido no esporte, a “vantagem” de se jogar dentro de casa, de fato, existe. Pesquisas apontam diversos fatores, geográficos, físicos ou biológicos, que comprovam que há esse benefício.

Jogadores ficam mais corajosos?

Um dos fatores levados em consideração vem do reino animal. Por exemplo, quando alces precisam defender seu território de inimigos, seus níveis de testosterona aumentam consideravelmente, fazendo com que ajam agressivamente. Dois cientistas britânicos, Nick Neave e Sandy Wolfson, descobriram que isso também ocorre no futebol.

Estudando amostras de saliva de jogadores, chegaram a conclusão de que os mandantes mostram nível de testosterona significantemente maior que os adversários. Os goleiros, por sua vez, têm aumento ainda maior – possivelmente por terem dois “territórios” para defender, além do estádio, o gol.

Com altos níveis do hormônio, os jogadores tendem a atuar com mais agressividade e, como ficou conhecido entre as torcidas, “demonstrar raça”. E por mais que isso não faça com que o jogador fique mais habilidoso, pode levar mais confiança.

Pressão da torcida é tão significativa?

Segundo o cientista do esporte Daniel Memmert, é um fator importante para a vantagem. Em seus estudos, o alemão apontou que as decisões da arbitragem podem ter uma pequena influência. Ele descobriu, ainda, que times visitantes recebem, em média, 0.5 cartões amarelos a mais por partida.

O estudo de Memmert diz que o som dos espectadores influencia as decisões dos árbitros no campo, e comprovou sua tese com experimentos. A Escola Superior de Desportos da Alemanha, onde a pesquisa foi feita, levou grupos de árbitros para assistir vídeos de faltas. Então, eram pedidos para dizer quais destas infrações eram dignas de cartão – a diferença é que o primeiro grupo via os vídeos com som e o outro sem.

O cientista viu, então, que as faltas vistas com som tinham 10% a mais de chances de serem dadas algum tipo de cartão. A pressão feita pela torcida, de fato, exercia algum tipo de efeito. Com o VAR, entretanto, a tendência é que isso seja equiparado.

Outros fatores

Existem outros pontos que mostram como a vantagem de se jogar em casa existe. Ainda assim, nem sempre eles são aplicados para todos. Casos geográficos, por exemplo, não valem para o Corinthians como para equipes da Bolívia, na altitude. Ou mesmo o frio de Moscou ou Kiev, que não existe em São Paulo. A padronização dos campos também tira o que já foi uma vantagem, como nos casos do Stoke City, na Inglaterra, que abusava de laterais longos, e Freiburg, na Alemanha, que tinha as laterais mais largas do país.

Além de não ter a necessidade de viajar e ter todos os trâmites de deslocamento, jogar em casa é mais cômodo. É perto e dá a sensação de proteção, diferente de entrar em “outra casa”, que o atleta desconhece.

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