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Conflitos na Ucrânia abrem possibilidade para rescisão de jogadores; Brasil pode ser destino

PIERRE-PHILIPPE MARCOU/AFP via Getty Images

Na madrugada de domingo (27), um grupo de jogadores brasileiros conseguiu deixar a Ucrânia, que está em guerra rumo à Moldávia com ajuda da UEFA. Um dos nomes que estava no grupo, o zagueiro se pronunciou sobre a trajetória até saída e destacou o apoio da população e entidades que possibilitaram a viagem dos brasileiros.

Quem deu toda a segurança de escolta até a estação de trem foi a UEFA, junto com a Federação Ucraniana de Futebol. Muito obrigado a todos. Sem palavras para agradecer —, disse o zagueiro. Uma parte do grupo projeta seguir para a Romênia, em busca de conseguir retornar ao Brasil, enquanto outros devem seguir na Moldávia.

Contudo, ainda existem atletas brasileiros no país, como é o caso de: Juninho Reis, Guilherme Smith e Cristian Fagundes. O trio andou cerca de 60km até a fronteira com a Polônia, mas foi barrado pelas autoridades.

Com uma situação incerta, a rescisão pode ser um caminho para parte dos atletas que atuam na nação. Advogados e especialistas afirmam que o cenário afeta diretamente o esporte e abre margens para atitudes deste nível.

Para Eduardo Carlezzo, advogado especializado em direito esportivo, a resolução é complexa – “Uma guerra, seja ela aonde for, deixa uma série de consequências em todos os níveis e no futebol não seria diferente, já que haverá uma paralisação das competições. O eventual prolongamento da guerra fatalmente gerará uma situação de insegurança para os residentes no país e poderia levar os jogadores estrangeiros a tentarem uma rescisão contratual com os clubes ucranianos perante o órgão competente da Fifa, numa disputa que seria bastante complexa e de difícil solução” – disse em entrevista ao Portal Terra.

Outros fatores podem ocasionar uma rescisão contratual como possível atraso de salários e dentre outros problemas ocasionados pela guerra. Num cenário semelhante, Roger Guedes e Renato Augusto – do Corinthians – conseguiram rescindir seus contratos junto aos seus clubes chineses por conta da pandemia da covid-19.

Outra possibilidade que “facilita” o retorno dos atletas brasileiros seria o fato de que janelas de ligas mais tradicionais, na Europa, estão fechadas. Sendo assim, restam três opções viáveis para esses jogadores com alto salário e desempenho: Brasil, Estados Unidos e China. Com a paralisação do futebol na Ucrânia, os clubes podem optar por um empréstimo para manter os jogadores em atividade.

Dentre os clubes, no Brasil, o São Paulo (formador de jogadores que atuam no país como Paulinho Bóia e David Neres) já se colocou à disposição para auxiliar nos trâmites para retorno dos jogadores ao país e também para que os atletas usem seus centros de treinamento – na Barra Funda ou Cotia – para manterem a forma física mesmo sem vínculo.

Segundo o portal ‘Transfers24h’, o zagueiro Vitão ex-Palmeiras já busca rescisão contratual com seu clube: o Shakhtar Donetsk.

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