Na partida do último domingo (02) contra o Nova Iguaçu muitos do defeitos e necessidades do elenco do Botafogo ficaram evidentes. Mas uma delas chamou mais atenção que todas, a falta de um meia armador. Uma das poucas opções do elenco é Ricardinho, que era titular, mas desfalcou o Glorioso no jogo por problemas físicos e expôs tal problema no time. Marcinho entrou para fazer a função no segundo tempo, mas também não deu conta do recado.
Dentre os jogadores do elenco profissional apenas dois exercem a função como especialidade, Ricardinho e Cesinha. O veterano chegou nessa temporada e foi titular em algumas partidas, enquanto o jovem já está no Glorioso desde a temporada passada, mas nesse ano perdeu muito espaço e atuou por poucos minutos até aqui.
Ricardinho é um jogador de idade mais avançada (35), e no Ceará já não jogava mais como o armador do time, atuou mais como segundo volante nas últimas temporadas por conta do físico. Esse problema ficou evidente em algumas partidas, como na eliminação para o ABC, na Copa do Brasil. O jogador ficou enfiado na marcação adversária e não conseguiu se movimentar para fugir dela, mostrando uma clara deficiência física para exercer a função.
Cesinha quase não jogou nessa temporada, teve mais oportunidades na reta final do Brasileirão de 2020 e foi muito criticado pela torcida. Além de ter atuado como meia pelos lados também, acabou não indo muito bem quando esteve na faixa central do campo.
A improvisação de jogadores também chama atenção. Marcinho, essencialmente jogador de lado de campo e Pedro Castro, volante, atuaram como o meia mais avançado da equipe em algumas oportunidades.
As poucas opções e seus problemas deixam evidente a necessidade da contratação de um jogador para a função, que será muito necessário na Série B. O meio campo do alvinegro vem sendo muito pouco efetivo e inventivo, carente de um jogador criativo e com bom passe, o clássico “pifador”.