No último domingo (30), o Corinthians conheceu sua primeira derrota desde a estreia do Campeonato Brasileiro. No clássico contra o São Paulo, o alvinegro perdeu por 2 a 1 e, novamente, teve grandes dificuldades no setor de criação. Algo que parecia estar evoluindo nas últimas partidas voltou a ser problema.
Na vitória contra o Coritiba e no empate diante do Fortaleza, o Corinthians atingiu ótimos números de finalizações. Mostrou que, apesar das dificuldades em alguns aspectos do jogo, o time chegava ao gol e conseguia criar chances. No Majestoso, entretanto, a dor de cabeça dos números ruins retornou.
Queda de produção
Antes do jogo, a equipe de Tiago Nunes estava em segundo lugar no ranking de finalizações no Campeonato Brasileiro. Segundo dados do SofaScore, o Corinthians chutava a gol 12 vezes por jogo. Muito por conta do bombardeio das últimas duas rodadas, quando teve 23 e 21 arremates, respectivamente. Contra o São Paulo, foram apenas sete.
E mesmo com sete finalizações, não quer dizer que o Corinthians levou perigo ou, de fato, criou chances. A maioria foi em lances isolados e com chutes mascados, como de Jô no primeiro tempo e Luan no segundo. Na realidade, o alvinegro não criou nenhuma grande oportunidade ao longo do jogo além do gol de Ramiro em ótima jogada de Cantillo.
A produção ofensiva é prejudicada, também, quando o time não consegue progredir desde a defesa, como o treinador aplica. A pressão alta do Tricolor fez com que o Corinthians errasse e encontrasse diversas dificuldades para sair para o ataque. Inclusive, o Timão teve aproveitamento ruim na distribuição: 78% nos passes, 34% nas bolas longas e 27% nos cruzamentos.
Defesa também foi mal
Contra o time que menos driblava no campeonato, com 6.3 dribles certos por jogo, o Corinthians levou passeio no quesito. O São Paulo teve um ótimo aproveitamento nas jogadas individuais, com 20 dos 26 dribles bem sucedidos na partida (77%). Além disso, a manutenção de bola foi ponto alto do time da casa, uma vez que o alvinegro não conseguiu pressionar a troca de passes adversária. O Tricolor teve 86% de acerto nos passes, 57% nos lançamentos e venceu 61 disputas de bola no jogo.
Uma estatística que ilustra bem o domínio não aparente do São Paulo é a de cortes. O Corinthians, constantemente na defensiva, aplicou 21 na partida. O corte é, nada mais, nada menos, que o chutão para rifar a bola e tirar o perigo do seu campo. Times que sofrem pressão adversária tendem a ter mais ao longo dos confrontos.
Tiago Nunes tem, novamente, dores de cabeça “ruins”. Antes com opções para mexer no meio-campo, agora, precisa consertar o sistema defensivo. O lado esquerdo, por onde saíram três gols nos últimos três jogos, tem sido alvo de críticas da torcida.
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