Revelado na base do Botafogo, o carioca Erick Brendon, de 26 anos, faz ótima temporada no futebol da Suécia. O meio-campista ajudou sua equipe a conquistar o título da terceira divisão do país no ano passado. Atualmente, o Varnamo, time de Brendon, lidera a segundona sueca e possui grandes chances de subir para a principal liga do país ao fim da temporada.
Em exclusiva ao Esporte News Mundo, Erick Brendon comentou sobre o início de sua carreira no Brasil, na base do Botafogo, chegada na Europa e as diferenças do futebol praticado no Velho Continente e sobre um possível retorno ao futebol brasileiro.
Siga o ENM no Twitter, Facebook e Instagram.
+Leia mais sobre futebol internacional clicando aqui
Esporte News Mundo: Quando e como foi sua transição da base do Botafogo para o profissional?
Erick Brendon: Eu sempre completava treinos com os profissionais desde 2012. A partir de 2013, comecei a treinar com os profissionais diretamente e só desci para jogar dos juniores. Até que tive uma oportunidade em 2015, de ir para um jogo da Copa do Brasil. Foi uma experiência ótima treinar com jogadores de nome como, Seedorf, Emerson Sheik, Jefferson e outros.
ENM: Você sente uma diferença nos treinamentos do futebol brasileiro para o sueco? Por aí, aplicação tática é algo mais exigido?
EB: É muito diferente sim! A intensidade do treino, até porque o jogo aqui é mais físico. Então a tática é bem exigida. Os treinamentos aqui são bem mais intensos do que os treinos que nós fazíamos no Brasil.
ENM: Você e sua equipe vivem um bom momento, vindo de uma temporada de título. Qual a meta da equipe em um futuro próximo para uma possível subida para a primeira divisão sueca? Quem sabe uma disputa internacional, como a Conference League da UEFA?
EB: Sim, a gente vem de um bom momento desde do ano passado, quero sim, colocar o time na primeira divisão e entrar para história do clube. O primeiro foco é esse, e se Deus quiser vamos conseguir.
ENM: Quais as dificuldades que você enfrentou na adaptação ao futebol estrangeiro? E no Brasil, o que mais dificultou na profissionalização da sua carreira? E como conseguiu superá-las?
EB: No começo eu senti um pouco a intensidade do jogo, até porque no Brasil é diferente. Também senti um pouco a questão da língua, muito diferente da nossa. Mas tenho me adaptado muito bem, o pessoal é bem receptivo e me ajudou muito na adaptação. No Brasil eu acredito que me faltou uma oportunidade mais concreta, eu não tive uma grande oportunidade. Mas eu sou extremamente grato a cada time que passei, tudo que passei em cada time me ajudou muito até aqui.
ENM: Como você descreveria seu estilo de jogo? Marcador ou construtor de jogadas?
EB: Meu estilo de jogo é de construção de jogadas, eu tenho um bom passe. Além disso, atuei em algumas posições na base e isso me coloca um pouco na frente, pois sou um coringa, consigo atuar em algumas posições.
ENM: Por fim, pretende retornar ao futebol brasileiro algum dia?
EB: Eu pretendo sim, voltar para o Brasil. Mas no momento estou totalmente focado aqui na Suécia, quero ajudar a levar o clube para a primeira divisão. Tenho o sonho de jogar um Brasileirão, Libertadores, então um dia espero voltar a jogar no futebol brasileiro.