Cruzeiro e Atlético-MG se enfrentam no próximo domingo (11), a apenas seis dias do aniversário de 100 anos do maior clássico mineiro, que concentra as duas maiores torcidas do estado. Disputado desde 1921, quando o então Palestra Italia foi fundado, o “Superclássico” já movimentou grandes públicos, partidas históricas, além de consagrar craques e eleger vilões. No dia 17 de abril de 2021, o centenário do confronto será comemorado e, por isso, vamos relembrar como foi a primeira partida entre as equipes, que terminou num sonoro 3 a 0 para os palestrinos.
Fundado em 2 de janeiro de 1921, o Palestra Italia disputava naquele 17 de abril somente seu segundo jogo como equipe de futebol. E assim como na primeira partida da história do clube, a vitória por 2 a 0 sobre o combinado Villa Nova-MG/Palmeiras-MG, jogada no dia 3 de abril de 1921, o caçula do confronto foi quem se deu melhor.
A partida foi válida pelo Festival da AMCD (Associação Mineira dos Cronistas Desportivos), sendo um jogo preliminar com direito a premiação que inaugurou o Campeonato Mineiro daquele ano. Na época, o Atlético era o time mais conhecido no confronto, visto que já tinha chegado em quatro de seis finais estaduais, sendo campeão em uma oportunidade, enquanto o Palestra era um recém nascido de apenas três meses e meio de idade.
O jogo
Mas, apesar da diferença de idade entre os clubes, quando a bola rolou, o que se viu foi um amplo domínio palestrino. Apenas dois minutos após o apito inicial, as redes do estádio do Prado Mineiro foram balançadas pelo Palestra Italia. Foi o atacante Attilio que fez o primeiro gol da história dos clássicos entre Cruzeiro x Atlético. O Palestra não deu tempo para o adversário respirar e ainda no primeiro tempo, aos 31 minutos, Attilio anotou o seu segundo na partida.
No segundo tempo, o Palestra Italia seguiu buscando o gol e aos 23 minutos, o matador Nani, um dos primeiros ídolos da história do Cruzeiro, fechou o placar, estufando as redes do goleiro Walter, e colocando 3 a 0 no marcador. Um fato curioso sobre o autor do terceiro gol celeste é que ele trabalhava como pedreiro e participou da construção do Estádio do Barro Preto, primeira casa do Palestra na história. Como se não bastasse seu papel na obra, o jogador ainda jogou a partida de estreia.
Naquela partida, o Cruzeiro entrou em campo com: Scarpelli, Polenta, Ciccio, Quiquino, Américo, Kalim, Lino, Spartaco, Nani, Henriqueto e Attilio.
O Atlético jogo com: Walter, Furtado, Alvim, Fernando, Eduardo, Coutinho, Hernani, Zica, Amaral, Minotti e Márcio.
As fontes de pesquisa para produção da matéria foram o Almanaque do Cruzeiro, escrito por Henrique Ribeiro, o livro De Palestra a Cruzeiro – Uma Trajetória de Glórias, de Plínio Barreto e Luiz Otávio Trópia Barreto, além do podcast Memórias de um Gigante, do Colletivo 45.
Último confronto
Apesar do início fulminante na história do Derby, é o Atlético quem vem de vitória no “Superclássico”, tendo saído com um placar favorável de 2 a 1 no último confronto com o Cruzeiro, válido pela primeira fase do Campeonato Mineiro de 2020, após marcar o gol da vitória no final da partida.
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